Se Não Fosses Tu......

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Caminhei até lá, num passo apressado e com o medo á flor da pele. Nem imaginam com o que me deparei, nem queria acreditar no que estava para acontecer. Quem me tinha enviado a encomenda, era Stephanie, a minha ex namorada, alguém que esperava nunca mais voltar a ver. Ela estava no fundo da rua em pé, com um braço envolta do pescoço de Ana impedindo que esta fugisse e na outra mão segurava uma arma que apontava á cabeça dela.....

Stephanie: estava a ver que não chegavas!
Ross: larga a imediatamente! - grito
Stephanie: contínuas o mesmo. Proteges sempre aqueles que amas.
Ross: felizmente. Ao menos não sou como tu que andam aí a matar toda a gente.
Ana: Ross....
Stephanie: Cala-te! - grita fazendo Ana estremecer
Ross: o que é que queres para nos deixares ir embora?
Stephanie: mmm........não sei
Ross: eu dou te aquilo que quiseres, mas por favor larga-a.
Stephanie: tens de ter calma loirinho.
Ross: não me chames isso.
Stephanie: acho que já sei aquilo que vou querer!
Ross: diz lá.
Stephanie: quero um beijo!
Ross: um beijo!? Na boca!?
Stephanie: e uma saída romântica.
Ross: depois desapareces?
Stephanie: claro. - diz sarcástica
Ross: tudo bem, eu faço-o. - Stephanie aproxima se de Ross sempre com a arma apontada a Ana
Stephanie: depois de cumprires com a tua parte eu deixo vos em paz.
Ross: tudo bem. - Dou um gole em seco

Narra Ana
Stephanie ia-se afastando de mim a passo lento, não deixando de me apontar a arma. Aproximou a sua cara de Ross, nem queria ver aquilo. Stephanie levava um sorriso nos lábios de vitoriosa. Quando se encontravam a poucos centímetros, fechei os olhos com força, não queria ver o que se iria passar. O som das sirenes dos caros da polícia fizeram-se ecoar em todo o local. Abri os olhos de novo. Nada houvera acontecido graças á polícia.

Stephanie: Chamas-te a polícia?
Ross: não.
Stephanie: ela não apareceu aqui como por milagre.

Stephanie largou a arma no chão e começou a correr. Ross foi atrás dela e agarrou-a pelos braços impedindo que esta fugisse. Os policias estacionaram em frente da rua, saíram apressadamente e vieram ao nosso encontro.

Ross: nem penses que foges, desta vez não te safas.
Stephanie: só me agarras quando não é preciso.
Agente: a menina Stephanie Hudson está presa. Tem o direito de permanecer calada, ou tudo o que dirá poderá ser usado contra si em tribunal. - diz enquanto lhe coloca as algemas
Agente2: está tudo bem com vocês?
Ross: sim, obrigado. Quem vos chamou?
Agente2: Rydel Lynch.

Quando percebi que a situação se encontrava controlada, encostei-me a uma parede e deixei que as minhas costas deslizassem por ela abaixo. Fiquei sentada no chão, com os joelhos contra o meu peito e a cabeça no seu meio. A minha respiração estava ofegante. Um polícia aproximou-se de mim a correr e parou exatamente á minha frente.

Agente2: a menina está bem?
Ana: sim-m. - digo com a voz estremecida
Agente2: se precisarem de mais alguma coisa e só dizer.
Ross: claro.
(O agente sai)
Ross: Ana estás bem? - diz sentando-se ao meu lado e passando o braço por cima dos meus ombros
Ana: desculpa.
Ross: não precisas de pedir desculpa, afinal, sacrificaste a tua vida pela minha família.
Ana: mas eu via a tua preocupação quando eu tinha a arma apontada a cabeça.
Ross: calma, já passou. Vamos para casa. - levantamo-nos
Ana: vamos. - coloco o braço a volta da cintura de Ross e este coloca o braço em cima do meu ombro.

A viagem até casa foi longa, nenhum de nós ainda se tinha conformado com a ideia que nos podíamos ter perdido um ao outro. Caminhamos a passo lento pois as nossas forças não permitiam mais do que aquilo. Quando chegamos a casa estavam todos sentados no sofá com um ar preocupado e Rydel estava a andar de um lado para o outro.......

Ross: chegamos.
Isa: ANA! - vem a correr até mim e abraça-me
Ana: mais um bocado e eu caia ao chão.
Isa: estão bem!?
Ana/Ross: sim.
Ross: obrigado Rydel, salvaste nos as vidas!
Rydel: não tem nada que agradecer, eu faço tudo por vocês todos. - diz enquanto nos abraça
Kayla: Tu estavas maluca!? - Diz apontando para mim
Ana: não. Eu estava mais desesperada sem saber o que fazer para vos proteger.
Riker: já imaginaste se o Ross não aparece-se!?
Ana: eu acho que ela não me matava. Ela tinha de o atrair até ela de alguma maneira, logo matar me não era a melhor opção.
Rocky: de certa forma ela tem razão. Ela não queria a Ana, queria o Ross.
Isa: e se ela mata se a Ana, sabia que o Ross não iria cair nos seus braços.
Ross: eu só tenho de agradecer a minha irmazinha, que chamou a polícia na altura certa.
Rydel: não é preciso agradecer. - cora
Ana: vou até ao quarto descansar, isto tudo deixou me sem forças.
Ross: já vou ter contigo.
(Ana sobe até ao quarto)
Kayla: o positivo é que ela já foi presa, e tão cedo não sai de lá.
Ross: não me quero cruzar com ela nunca mais. Nem sei como é que fui capaz de namorar com uma maluca!
Isa: realmente, como é que conseguiste? Espero que ela nessa altura não fosse como é agora.
Riker: e não era. Era simpática, prestável, sorridente.
Rocky: quando ela chegou eu lembro me de andarmos todos atrás dela, a ver quem conseguia que ela se apaixona se por si.
Ross: ela não nos dava bola no início, mas depois, sobrou para mim.
Rydel: pois foi, andaram chateados por mais de duas semanas.
Isa: acho que agora vocês encontraram melhor do que ela.
Riker: pois foi, bem melhor.
Ross: vou ter com a Ana, até já .

Narra Ross
Fui até ao meu quarto, queria conversar com Ana um bocadinho sobre o que se passou hoje, mas parece que me atrasei, quando cheguei ao quarto ela já estava deitada na cama com uma camisola minha vestida a dormir. Deitei me a seu lado e comecei a brincar com uma madeixa do seu cabelo. Acabei por adormecer.
Acordei a sentir um beijinho na minha bochecha, abri os olhos e de seguida espreguicei me......

Ana: Olá!
Ross: Olá! Estas acordada á muito tempo?
Ana: á mais ou menos meia hora.
Ross: porque é que não me acordaste?
Ana: porque estava a gostar de te ver dormir, estavas muito fofinho. Vais me dizer que nunca fizeste o mesmo?
Ross: eu!? Não. - digo num tom sarcástico
Ana: pois. Vamos para baixo?
Ross: só depois de me dizeres as horas.
Ana: são 19:27h. Já pudemos ir?
Ross: mmm......já.

Descemos as escadas e estavam todos sentados no sofá, calados a olhar para a televisão, achei um bocado estranho, costumam estar sempre a falar, fazendo com que seja difícil ouvir-se a televisão, mas agora não, estão tão calados que a única coisa que se faz ouvir por toda a casa a era ela mesma. Sentamo-nos no sofá ao lado dos outros e esperamos que alguém dissesse algo, mas nada ......

Ross: que se passa?
Riker: porque perguntas?
Ross: é a primeira vez que estamos todos juntos na sala e conseguimos ouvir a televisão.
Ellington: não se passa nada, nós é que não estamos com vontade de falar.
Isa: por incrível que pareça não à nenhum assunto em especial.
Ana: arranjar um assunto é fácil.
Kayla: então começa a falar.
Ana: Rydel, como vai o bebé?
Rydel: vai bem acho, já estou com 6 meses de gravidez.
Ross: nota se, a barriga esta grande.
Ellington: agora que já sei que é menino já lhe posso comprar roupinha.
Isa: o Ellington é um pai babado agora.

.........

Mesmo sabendo que um dia as nossas vidas vão terminar, nós nunca estaremos preparados para perder alguém de quem gostamos. O pior disso tudo é que depois de o perdemos sabemos que nada, nem ninguém o pudera substituir.
Hoje, Ross e Ana podiam-se ter perdido um ao outro. E tal dor não podia ser compensada de forma alguma.
O positivo é que Stephanie foi pressa de vez e eles estão bem.

Espero que tenham gostado do capítulo. Vemo-nos no próximo.
Bjs
Ana

Afinal, não foi uma simples viagemOnde histórias criam vida. Descubra agora