Melancolia: Parte 1

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Melancolia Vol.1

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Faz tampo tempo, desde que eu enchergava as cores e deva um sorriso sincero e com emoção da alegria de um momento. Não me lembro a última vez que vivi de verdade, tudo que vejo em minha frente hoje é apenas cinza e preto e mesmo assim não sinto nada.

Também não me lembro de ter amigos ao meu lado, há tanto tempo eu que estou nesse estado melancólico e enpático, mesmo que coisas ruins aconteçam me mantenho indiferente quanto a isso. Afinal não há nada para lutar a final não há alguém me esperando no final é apenas eu, então por que me importar, nem mesmo minha familia me quer por perto.

Lembro-me de quando passava minhas tardes chorando e reclamando de como as coisas não davam certo. Realmente também eram dias nublados, quase não tinha dinheiro - não que eu tenha muito agora mas isso deixou de ser importante - E de como aos poucos fui sendo esquecida pelos outros. Sendo taxada de esquisita, sempre deixada de lado e aqueles que se importavam comigo também se foram e hoje estão longe do meu alcance.

A cada dia que passa minha vontade inesistente continua a crescer, não quero me levantar para começar outro dia e ir para aquela trabalho precário e ver todas aquelas pessoas que não significam nada. Não há alegria em mim, afinal tudo que que estou vendo é cinza e preto, nenhuma cor além dessas aparece.

Toda vez que chego ao meu trabalho meu chefe reclama da minha falta de próatividade, o que me lembra que nem mesmo as pessoas ao redor se aproximam mais de mim. Só que isso não faz mais diferença nenhum deles fez algo para entender esse meu estado me compreender ou então me ajudar... Nem aqueles que me criaram se preocupam com isso estou só.

Isso me lembra que o buraco vázio que há dentro de mim continua a crescer e nessa época de vez enquando eu sentia algumas dores em meu peito, minha ansiedade - apesar de ser algo ruim - me mostrava que ainda hávia alguém resquicio de sentimento guardado dentro de mim e isso me dava esperança de que de alguma forma o esse vázio sumiria.

Meus dias continuaram sendo repetitivos: acordar, ir ao trabalho e voltar para casa, nos finais de semana ficava em casa olhando para a TV - muitas vezes desligada, já que não havia algo que valesse a pena assistir - ou mexendo nas redes sociais vendo vídeos aleatórios que não me arrancavam nem mesmo um sorriso de canto de boca, e também vendo como as pessoas estão bem sucedidas em suas vidas, mas isso já não importava mais.

Havia momentos que eu até mesmo não comia, e em uma outra época eu descontava minhas frustrações e choros em comida mas agora nem mesmo a comida tem gosto, se tornou algo que consumo apenas para poder sobreviver.

Interações sociais não fazem sentido, as vezes algum coléga de trabalho vinha tentar conversar sobre algo, mas eu não via motivos de levar aquilo para frente.

- Hey, então vai fazer algo esse fim de semana? O que acha de sairmos? Um cinema? - Não lembro mais o nome das pessoas com qual me relacionei um dia, e mesmo os rostos alguns são imagens distorcidas.

- Não irei fazer nada, apenas ficar em casa. E divirta-se no cinema.

Coisas simplórias não despertavam meu interresse, mas ainda sim em algum lugar eu achava que conseguiria sair desse vázio...

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