Único: baunilha é a próxima aposta.

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Eram nove horas da noite. Chan sabia disso porque, era naquele horário que Hyunjin, seu namorado, se preparava para dormir. E enquanto estavisse em sua escrivaninha, exatamente naquele ponto, ele podia assistir, pelo espelho de chão, a cena cujo vício proviera alguns dias atrás.

Com o vidro translúcido de cor semi-aberto, Hyunjin depositava boas quantidades de creme sobre suas pernas magras, claras e longas. Era tão bom ver o creme rosinha sumindo a medida que as mãos esguias do namorado passavam e massageavam seu próprio corpo.

Ah, tão excitante, sentia vontade de tocar o corpo e sentir o cheiro doce de perto. Era a fragância perfeita, escolhida por si próprio, há um ano atrás, como um presente. A conversa até o havia deixado perplexo porque Hyunjin não havia dado uma resposta exatamente clara, na época:

— Por favor, me diz o que comprar de presente para você! — suplicou, cansado de tentar espreitar o que o namorado queria ganhar. Hyunjin era nublado para todos, ninguém sabia com o que presentear o moreno.

— Já falei que não quero presente. — riu baixo, sentando-se na cama para calçar seus sapatos.

— Vai ganhar coisa genérica como hidratante e sabonete, então. — caçoou, tendo um fundinho de verdade no que dizia. O mais novo riu baixo novamente, se divertindo com a conversa.

— Pode ser, se isso suprime seu desejo de comprar algo para mim. — respondeu, voltando a se arrumar. Sairam para passear naquela tarde ensolarada.

— De qual essência você gosta? — tombou sua cabeça para o lado, numa singela pose que era lida como sensual por Hyun. Chan, assim como qualquer pessoa que fosse comparecer ao aniversário do moreno, sentia que seria indelicado, mal-educado, vir de mão vazias.

— Compre alguma que queira sentir em mim. — respondeu, levantando-se após calçar seus calçados. — Se eu não gostar, eu troco depois.

O mais engraçado é que, mesmo sendo doce, Hyunjin não trocou. Ele ainda repôs quando acabou. Então, Bang vem cheirando morango no namorado, desde então. E nunca se cansava disso.

— Acha que eu não sei que está me observando, Christopher Bang? — provocou, olhando diretamente nos olhos do australiano pelo espelho. — Você sabia que, se você me vê pelo espelho, eu também te vejo, né? — explicou, seus olhos tão convidativos que o australiano já sentia a boca secar.

— Não posso me segurar. Esse espetáculo é muito bonito de se ver. — explicou-se, virando de frente para o garoto, que o olhava enquanto espalhava o creme na pele. Um sorriso surgiu na face de ambos os amantes.

— Deixo-te fazer por mim. — ofereceu, estendendo o produto para Chan.

Sentir a epiderme quente sobre suas palmas e poder tocar nas coxas do namorado, enquanto era observado por ele, naquela expressão genuinamente erótica, que era alucinante, fez o Bang desejar morar naquele instante e quase perder o resto de sanidade que tinha. Se algum aroma de hidratante fosse feito para Hyunjin, chamaria-se delírio. Um encontro com os olhos dele e pronto, você já estava enfeitiçado.

Após passar com delicadeza por toda a superfície, Chan elevou a canela do amante até as narinas, esfregando o nariz ali, deixando suas células sensoriais fazerem seu trabalho. Fechou os olhos se deliciando com aquilo.

— Deixe-me afogar em suas coxas, por favor. — pediu, apoiando as pernas dele em seus ombros e beijando o pé da barriga que era coberto pela camiseta. Hyunjin não podia negar que gostava de todo aquele carinho e um sorriso incontrolável se mantinha em seu rosto, mesmo que não espreitasse as feições do outro.

— Eu acabei de passar o hidratante, não quero tomar banho novamente. — negou, gentilmente. desviando o olhar dele, rapidamente, de um livro que ultimamente lia antes de dormir, para os olhos do mais velho. Talvez pegou um pouco pesado no olhar e no tom sensual, Chris levou sério de mais.

— Eu espalho de novo para você. Eu cuido de você depois, não ver ser um problema. Por favor. — insitiu, fazendo um carinho silencioso na contra parte da coxa alheia. O toque quente, com sua pele, também quente, fez seu coração falhar uma batida, agora já não havia volta.

— Certo. — sorriu, largando o livro, mas marcando a página para não perder. Mas não lamba! O creme tem cheiro, não gosto bom. — avisou, enquanto era puxado para mais perto do mais velho pelas coxas.

Aquilo ferraria toda sua rotina de sono, mas perder-se nele e ele em si, era mais preferível a perder-se nas páginas velhas e desinteressantes ao seu ver.



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Hidratante (Hyunchan)Onde histórias criam vida. Descubra agora