Capítulo 11
Quatro meses depois...
Ao abrir meus olhos, chequei meu celular.
"05h50min da manhã."
Virei-me para o lado, ele ainda estava dormindo.
Nossos perfumes haviam se misturado pelos lençóis e estavam com um cheiro doce.
Olhei para ele por alguns minutos. Ele dormia feito um bebê.
- Bom dia, Larissa. - a voz rouca de Harry murmurou. - Por quanto tempo a senhorita iria me olhar?
Corei, um sorriso apareceu no rosto de Harry.
- Eu não queria te acordar.
- Eu já estava acordado. - ele riu. - Eu estava pensando em não ir para o trabalho.
Gemi com a informação, não aguentaria um dia na escola de novo. São tão irritantes aqueles alunos, professores chatos e aquela vaca da Verônica.
- Mas hoje é quinta-feira, eu tenho que ir.
- Uhhhh, não! - virei para o outro lado da cama. - Não quero ir!
Ele me puxou para mais perto, me fazendo sentir seu corpo quente em minhas costas.
- Não se preocupe, eu vou com você.
- Pelo menos não vou ir sozinha. - ri. - Eu não gosto das pessoas daquela escola, elas são muito cruéis.
Ele estava passando as mãos pelas mechas do meu cabelo, sentia sua respiração em meu pescoço. Eu não conseguia nem pensar direito daquele jeito.
- Sempre vai existir esse tipo de pessoa. - fez uma pausa. - Sempre!
- Eu sei disso. - suspirei.
- Vai dar 06h00min.
Suspirei, eu não queria mesmo ir.
- Temos que ir.
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E assim foi, durante longos meses, na verdade, nem tão longos. Foi tudo muito rápido. Tudo ocorria dessa mesma maneira, nós nos encontrávamos toda semana.
É claro que havia horas que eu queria desistir na primeira oportunidade, todas as vezes que eu via o grupinho da Verônica me rebaixando, eu ficava com uma raiva doida e uma vontade de gritar com elas.
Só que eu lembro que sou fraca e que não vale à pena fazer isso.
- Ei! Larissa!
Virei-me, Caroline corria atrás de mim, colocando o caderno dentro da mochila.
- Quer ir dormir na minha cada hoje? Pelo menos na minha você pode ir? - falou a última frase com certo sarcasmo.
- Claro, você que nunca pede.
- Eu pedi sim! Você que entende de outra forma.
Dei de ombros, é verdade.
- Eu vou sair com o Harry às 21h00min.
Eu também havia saído às noites, dizendo que eu iria às festas de 15 anos das minhas colegas.
Nós ficávamos andando por aí, ou olhando lojas e rindo de coisas aleatórias.
- Ahhh, não! Mal vejo você na escola e na internet, não faça isso! - grunhiu, balançando meus ombros. Eu odiava isso.
- Então vem junto, oras.
- Eu não quero ficar de vela. - cruzou os braços. - Se bem que... Hoje vai ter uma festa na casa da Joyce.
- Eu finjo que vou às festas, não vou à essas festas. - murmurei, lentamente. - Aliás, eles descobririam fácil. Não aguento mais se chamada de putinha na escola.
- Não sei por que você dá tanta bola, elas são um bando de piranhas.
- Eu odeio quando as pessoas me julgam sem conhecer.
- Isso é completamente normal.
- É anormal! Isso sim! - gritei. – O que eu fiz para elas?
Carol olhou para mim com uma cara irônica.
- Você está namorando um professor desejado, d-e-s-e-j-a-d-o. - soletrou. - Entendeu?
Suspirei, com muita raiva. Havia tantas pessoas no mundo, porque elas queriam justamente ele? Só porque era o professor delas? Até parece que elas só gostam dele.
Saí da escola, Harry estava encostado em seu carro e me olhou por cima do caderno.
- O que houve? - perguntou, com o rosto confuso.
- Pessoas.
- Já te falei pra não se importar com essas pessoas idiotas. - murmurou, calmo. - Elas não sabem de nada sobre nós.
- É difícil de ignorar. - suspirei, eu me sentia tão triste com isso tudo.
- Não fica assim, ok?
Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Suspirei, triste. Eu queria chorar com aquela situação, me magoava tanto, tanto!
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- E o encontro? Ainda está de pé?
Eu estava na casa de Carolina, fazendo um trabalho de física.
- Eu não sei, Carol.
- Você tem que falar com ele sobre isso. - falou de boca cheia, ela estava comendo pipoca doce. - Hurirhurihuri!
- O que?! - estranhei. - Come e depois fala!
- Eu falei que você vai acabar magoando ele se continuar se importando com essas pessoas em vez de se importar com ele. Você sonhou com ele a vida inteira e agora tá ignorando as chances de vocês ficarem juntos.
Eu preciso de apenas um descanso disso tudo. Porque que minha vida não é igual a esses filmes de romance?
- A vida foi feita pra te socar na barriga quando está tudo bem. - gritou, colocando mais pipoca na boca. - Eu acho que você tem que ouvir mais um pouquinho de Katy Perry pra levantar seu ânimo.
Ela colocou o cd inteiro de Katy Perry e eu fiquei ali, olhando pra ela, jogando a pipoca para tudo quanto é lugar, pulando por aí.
Aquilo não iria me ajudar e eu espero que os vizinhos nem vejam isso!
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Teenage Dream | Harry Styles
Fanfiction"Da vontade de ser a pessoa que habita seus pensamentos e te causa insônia todas as noites. De ser alguém que você imagina quando fecha os olhos. De ser o motivo de seu sorriso surgir espontaneamente." (Ficção/Romance) © Todos os direitos reserv...