A dor de cabeça tomou conta de mim ainda antes que eu pudesse abrir totalmente meus olhos. Logo depois, veio o nariz escorrendo.
Tinham poucas coisas que eu odiava com todo o meu ser. Ficar doente com certeza era uma delas.
- Louis? – Minha mãe perguntou, entrando devagar em meu quarto. – Acorda, daqui a pouco vai se atrasar e perder aula. Vamos!
- Acho que não estou me sentindo muito bem, mãe. – Respondi, puxando a secreção do meu nariz para dentro de novo.
- Poxa, o que aconteceu? – Ela se sentou na ponta da minha cama, com um tom preocupado em sua voz. – Pegou friagem? Ontem estava ventando bastante, se agasalhou na hora de sair de casa?
E foi nesse momento que fez sentido.
Ontem, fiquei horas deitado na grama com Harry observando as estrelas, e, por mais que eu estivesse passando um frio danado, aquele momento estava bom demais para ser interrompido por um motivo besta como aquele.
Então, sim: eu não estava agasalhado o suficiente e tinha ficado horas exposto ao frio e ao vento gelado e cortante.
Por outro lado, eu estava com Harry, quem eu acreditava ser meu novo melhor amigo, observando as estrelas e ignorando todas as responsabilidades do dia seguinte. A lembrança fazia aquele sentimento confortável voltar para meu peito, recordando como os momentos mais entediantes, quando são ao lado de Harry, se tornam os melhores, apenas por estar com ele.
- Por que está sorrindo, mocinho? – Minha mãe me perguntou, me tirando de todos os meus devaneios.
- Ah. – Respondi, confuso. Nem me dei conta de que estava sorrindo. – Não briga comigo.
- Louis William Tomlinson. O que eu já te disse sobre o frio? – Ela se levantou, franzindo as sobrancelhas. – Agora você fica doente e eu não posso ficar em casa para cuidar de você!
- Mãe, relaxa. – Me sentei na cama, tentando soar o mais relaxado possível. – É só um resfriado. Pode ir trabalhar, eu consigo me cuidar.
Demoraram mais dez minutos para realmente convencê-la de que eu estava bem e que eu só precisava descansar um pouco e que amanhã eu acordaria como se eu nunca nem tivesse acontecido.
- Ok, mas qualquer coisa liga, tá bom? – Ela perguntou, finalmente se convencendo. – Louise chega na hora do almoço, peçam alguma coisa para almoçarem.
Agradeci aos céus por minha irmã estudar apenas de manhã, e não em período integral assim como eu. Privilégios de não estar no ensino médio.
Apenas assenti. Antes de sair do quarto, minha mãe depositou um beijo carinhoso em minha testa, como se dissesse que eu vou ficar bem. E eu acreditava nela mais do que tudo.
Quando ela fechou a porta, tentei dormir novamente. Me revirei de um lado para outro, portanto, por mais que eu estivesse morrendo de dor de cabeça e dor no corpo, o sono não veio por nada.
Ótimo timing, corpo. Eternamente grato.
Na falta de ter o que fazer, alcancei meu telefone na cabeceira e o tirei do cabo, entrando em aplicativos aleatórios para passar o tempo.
Depois de meia hora que pareceu cinco minutos, meu celular começou a tremer desesperadamente graças a quantidade de mensagens que eu recebia.
zee: louis, cd vc?
zee: aula começou faz 10 minutos e vc ainda nn apareceuSorri com a preocupação de meu amigo. Era bom saber que alguém se importava comigo, mesmo que fosse alguém que está ao meu lado faz mais de 10 anos.
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I Met Harry in The Bathroom {l.s}
FanfictionNo banheiro de uma festa que ele nem queria estar, Louis conhece Harry, e, por mais que seu diálogo tenha sido curto, sua amizade prevaleceu. Se apaixonar sempre foi algo inimaginável para Tomlinson, mas é o que dizem: o amor sempre vem em momentos...