IX - Revelações

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– O-o que? – Marinette perguntou confusa.

– Você me ouviu, eu sou um vampiro. – Adrien repetiu.

– Isso... isso não faz sentido, v-vampiros não existem!

– Por que em todas as vezes em que nos encontramos eu nunca comi ou bebi absolutamente nada?

– P-por causa da sua dieta maluca, foi o que você me disse!

– Mas eu nunca disse do que era essa dieta. – ela o olhou espantada, não queria acreditar. – Sabe por que às vezes você sente um calafrio e a sensação de ter alguém te observando?

– Como você sabe... disso? – ela perguntou em choque. – Espera, todo esse tempo era você me olhando?

– Juro que nunca fiz por más intenções.

  Marinette estava em choque, tentando entender o que estava escutando. Adrien permanecia sério, tentando achar as palavras certas para contar o resto da história.

– Isso... ai meu Deus. – ela se levantou e caminhou em direção à porta de entrada.

  Porém Adrien apareceu em sua frente, a impedindo de passar e a fazendo levar um susto.

– C-como você...? Você tava sentado e...

– Marinette, por favor, eu preciso que acredite em mim. Deixe-me contar tudo o que eu preciso, e eu te imploro para não ter medo de mim, eu nunca te faria nenhum mal.

  Encararam os olhos um do outro, Adrien transparecia sua necessidade de explicar tudo para Marinette, que acabou se rendendo e voltando para a sala de estar. Sentou-se no mesmo lugar de antes, mas o loiro decidiu ficar em pé à sua frente.

– Melhor que sua história seja convincente. – ela falou.

– Eu ter usado velocidade de vampiro já não foi suficiente? – os dois riram.

– Só você pra me fazer rir nessa situação. Por favor, me conte tudo.

– Bom, acho justo começar do início. Eu nasci em 1882, cinco anos antes da Torre Eiffel ser criada, para você ter uma noção. Minha família era rica e bem influente aqui em Paris, vivíamos muito bem e éramos adorados por todos. Quando eu tinha 12 anos meus pais conheceram a família Beauchamp, também de grande influência, foi aí que conheci Bridgette. Sendo um ano mais nova que eu, ela era doce, inteligente, determinada e a melhor companhia que eu poderia ter, eu diria que foi amor à primeira vista.

  Marinette sorriu, achou aquilo extremamente fofo, porém sentiu um pouco de ciúmes.

– Nos tornamos melhores amigos e sempre visitávamos um ao outro, e todas as vezes que eu ia para a sua casa ela estava com a cara enfiada em um de seus livros de romance sobrenatural.

– Ela também gostava disso?

– Ela era apaixonada, quando disse que uma amiga me influenciou a ler esse tipo de história, eu estava me referindo a Bridgette. – os dois sorriram. – Bem, eu sempre fui apaixonado por ela, e quando nos tornamos mais velhos eu senti que era recíproco. Eu sempre dizia que me casaria com ela, nossos pais aprovaram e ela sempre dizia que eu teria que esperar até ela estar pronta para isso, e eu esperaria séculos se fosse necessário.

  A azulada se emocionou, não imaginava que Adrien era um homem tão romântico e que não tinha medo de demonstrar e falar sobre isso.

– Quando eu estava com 20 anos e ela acabara de completar 19, eu formalmente a pedi em casamento.

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