Capítulo 11 👑

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Ahhh gente, mil perdões!

Estava dando andamento em um projeto importante, e não tive como atualizar antes.

Mas agora, é pra valer!

Vamos lá!


❤️




Demoraria semanas para nos vermos de novo.

Então, depois de muitas provocações e talvez até alguma súplica, eu convenço Alec a baixar o Snapchat.

Ele praticamente só manda fotos inofensivas completamente vestido, mas são provocantes o suficiente para eu suar durante a aula: uma foto no espelho, calças brancas de polo manchadas de lama, um terno elegante. Em um sábado, a transmissão ao vivo do Senado em meu celular é interrompida por Alexander em um veleiro, sorrindo para a câmera com o sol brilhando em seus ombros nus, e o meu coração fica estranho pra cacete, a ponto de eu precisar enfiar a cabeça nas mãos por um minuto inteiro.

Mas, tipo, está de boa. Não é nada demais.

Em meio a tudo isso, conversamos sobre o meu trabalho na campanha, os projetos beneficentes dele, as nossas aparições públicas. Conversamos sobre como Jace está se declarando completamente apaixonado por Maia e passa metade do tempo com Alec falando sobre ela ou implorando para ele perguntar a mim se ela gosta de flores (sim), pássaros exóticos (para olhar, não para ter) ou jóias no formato do rosto dela (não).

São muitos os dias em que Alexander gosta de receber minhas mensagens e responde rápido com um humor rápido e sagaz, ávido pela minha companhia e pela confusão de pensamentos na minha cabeça. Mas, às vezes, ele é tomado por um humor sombrio, um sarcasmo ácido, estranho e duro. Ele se retrai por horas ou dias, e eu começo a entender isso como períodos de tristeza, pequenas crises de depressão ou momentos em que tudo é um pouco "demais".

Alec odeia esses dias. Eu queria poder ajudar, mas não me incomodo em particular. Eu me sinto igualmente atraído pelos seus humores nebulosos, a maneira como ele volta deles, e os milhões de nuances nesse ínterim.

Também aprendi que o comportamento plácido dele, se desfaz com a provocação certa. Eu gosto de comentar coisas que vão fazê-lo desatar a falar, como:

"Escuta." - ele diz, acalorado, pelo celular em uma noite de quinta. - "Não dou a mínima para o que Joanne tem a dizer, Remus John Lupin é claramente gay, e me recuso a ouvir o contrário.

"Certo." - eu digo. - "Só para constar, concordo com você, mas me conte mais."

Ele começa um discurso interminável, e eu escuto, entretido e um tanto fascinado, enquanto Alec desenvolve seu argumento:

"Eu só acho, como príncipe desse maldito país, que, quando se trata dos marcos culturais positivos da Grã-Bretanha, seria bom se pudéssemos não botar para baixo nossas pessoas mais marginalizadas. As pessoas higienizam o Freddie Mercury, o Elton John e o Bowie, que estava transando com o Jagger de um lado para o outro da Oakley Street nos anos setenta, aliás."

Essa é outra coisa que Alexander faz - lançar essas análises do que lê, assiste ou escuta que me lembram de que ele não só tem um diploma de literatura inglesa mas também um grande interesse pela história gay do país de sua família. Eu sempre conheci a história gay americana - afinal, a política de meus pais foi parte dela - , mas foi só quando me descobri que comecei a me envolver nela como Alec.

Quando a Coroa diz NÃO, mas o Coração diz SIMOnde histórias criam vida. Descubra agora