-Oi - Disse Anne, secamente. Só estava querendo escutar, decidir se ia acreditar ou não, e ir embora.
-Oi. - Respondeu Nico - Vim aqui para te falar o que Aconteceu, e a causa da minha premonição. - Nico respondeu, de um jeito tão formal que fez Anne segurar uma risada.
-Fui eu quem te chamou aqui, criança. Sei disso.
- Fale Comigo Direito.
-Me obrigue.
Ele arregalou os olhos e fez menção de se levanta, mas acabou voltando ao seu lugar.
-Você tem a educação de um cachorro de rua.
-Você soa como um velhinho de 80 anos de idade.Vamos logo com isso.
Nico suspirou. E em seguida contou-lhe sobre o arrepio percorria que sua nuca todas as vezes que ficava ao lado dela. Anne foi uma boa ouvinte, e escutou tudo com uma expressão preocupada.
-Então... É isso?
Ocorreu-se um silêncio momentâneo entre os dois.
-Sim.
-Bom- Respondeu ela, de um jeito menos sarcástico que o comum. -Nesse caso... Acho que vou morrer. -Disse, a voz embargando - Ah! Fala sério... Eu só sei chorar?! De qualquer modo... Obrigada.
Algumas coisas são claramente difíceis de se ver, e fazemos o possível para parar. Quando você briga com algum amigo, você esta louco para conversar, mas não quer ceder uma briga. Mas você sempre cede no fim. Não É? Pelo menos comigo é assim.
E foi exatamente isso o que Nico sentiu quando viu Anne se virar com um 'Nos vemos Por aí, Di Angelo' e algumas lágrimas penduradas.
- Espera.
-O que foi? - Disse ela se virando, parecia impaciente.
-Hum ...Você está ... Bem?
-Você realmente quer saber?
Nico pensou. A quanto tempo não dizia 'Espere' na esperança de que alguém permaneça mais tempo com ele? Será que devia deixar Anne se aproximar dele?
ão.
Todos ao seu lado morriam. E Anne só seria mais uma dessas pessoas.
-Só precisava de um amigo agora. - Disse ela em resposta a demora do garoto. - Não vou encontrar isso em você.
Anne emitiu uma som semelhante a um grunhido e se virou.
- Espere- Ele disse.
- O que foi?
- Não precisa chorar.
-Não precisa chorar? - Ela suspirou em um som de descaso. -Eu vou chorar, vou chorar todas as lágrimas que eu tenho, independente do que você acha, ou não acha. Você não tem sentimentos, criança.
-Tenho mais sentimentos do que você pensa. Você não tem o direito de me julgar, você não me conhece.
-Ah! Chegamos a um pronto que concordo. Você não deixa as pessoas te conhecerem. Foge. Com medo de eu não sei o que. Já que é assim, me deixe conhecer você.Antes que eu morra te achando um babaca.
'Chega.' Explodiu uma voz na cabeça do garoto. Chega de se esconder. 'Chega de deixar os outros ter medo, chega de bancar o intocável. Já chaga. Acabs aqui. '
-Tudo bem. -Disse, sua voz saiu rouca.
- O que?
-É, isso mesmo. Você precisa de um amigo agora, não é? Eis -me aqui.
-Você está falando sério?
-Sim.
Ela sorriu para ele, um sorriso radiante e desconfiado, e ele torceu para que o que tinha acabado de dizer fosse verdade.
-Venha aqui. Vamos se sentar no banco, e aí você me fala mais sobre você. Se não sabe, é assim que todas as amizades começam.
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Dias contados
TeenfikceAs pessoas alegam Nico di Angelo de ser o 'Cara sozinho que senta na beira do lago e fica observando, só observando'. Bom, ele é assim mesmo. Acha o amor uma coisa que não se deve preocupar, pois... Sei lá, é fútil. Mas Anne, uma cidadã anônima d...