CAPÍTULO 1

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- Quer beber alguma coisa? - perguntou Cooper, na cozinha, enquanto eu fechava a porta da frente

- Não obrigada - respondi - Vou subir para o seu quarto

- Está bem

Nunca deixa  de admirar o quanto a casa de Cooper Smith era enorme, praticamente uma mansão. Havia uma sala completa no andar de baixo com uma TV de cinquenta polegadas e um sistema de som surround. Isso sem falar na mesa de sinuca e na piscina do lado de fora. Embora fosse como uma segunda casa, o único lugar onde me sentia realmente confortável era o quarto de Cooper.

Abri a porta e vi a luz do sol passando pelas portas do lado oposto, também aberta, que levavam até a pequena sacada. Havia pôsteres de bandas cobrindo as paredes, sua bateria estava montada no canto do quarto, ao lado de uma guitarra, e o Apple Mac estava exibido com o restante da mobília

Mas, assim como o quarto de qualquer outro garoto de dezesseis anos, o chão estava cheio de camisetas, cuecas e meias fedida, a metade que sobrou de um sanduíche começava a embolorar ao do Apple Mac e latas vazias estavam largadas sobre quase todas as superfícies.

Me joguei na cama de Cooper, adorando a sensação de como o colchão me fazia subir e descer.

Somos grandes amigos desde que nascemos. Nossas mães se conheciam desde a época da faculdade, e eu precisava fazer uma caminhada de vinte minutos para chegar na casa dele. Cooper e eu havíamos crescido juntos. Poderíamos até mesmo ser gêmeos, por uma coincidências bizarra do destino, nascemos no mesmo dia. Ele era meu o meu melhor amigo. Sempre foi e sempre será. Mesmo me irritando demais as vezes.

Ele apareceu bem naquele momento, trazendo duas garrafas abertas de refrigerante de uva, sabendo que eu beberia a dele em algum momento.

- Precisamos decidir o que vamos fazer no festival - eu disse

- Eu sei - suspirou ele, desalinhado os cabelos castanhos e retorcendo o rosto sardento - Será que não podemos fazer somente uma coisas com cocos? Você sabe. As pessoas atiram bolas e tentam derrubar os cocos...que tal?

Balancei a cabeça, espantada - Era exatamente isso que que eu estava pensando...

- Claro que estava

Abri um sorrisinho torto.

- Mas não podemos. Já tem outra equipe que vai fazer isso.

- E por que nós precisamos inventar uma atração? Não podemos simplesmente administrar o evento inteiro e fazer com que as outras pessoas tenham as ideias para as barracas?

- Ei, foi você quem disse que quer fazer parte do grêmio estudante seria um diferencial no nosso histórico escolar quando fosse os para a faculdade

- E foi você quem concordou com isso

- Porque eu queria estar na comissão de dança - enfatizei - Não imaginava que a gente teria que organizar o festival, também

- Isso é uma merda

- Eu sei. Ah, e se contratássemos um daqueles... você sabe. - Fiz uma movimento de balanço com as mãos - Aquela coisa que tem um martelo

- Onde ele testam a força das pessoas?

- Sim, uma coisa dessas.

𝙵𝚘𝚛𝚎𝚟𝚎𝚛.Onde histórias criam vida. Descubra agora