Capítulo 02

42 3 11
                                    

Jake vision.

- As pessoas são inconsequentes, acham que sempre tem que estar no controle da situação quando muito pelo contrário não conseguem nem se manterem calmas. Estudos mostram que tem mais chances de uma criança que não recebeu afeto e atenção dos pais, terem um futuro bem sucedido do que criança que tiveram atenção e afeto de seus parentes... - James tagarela enquanto conduz o carro até a faculdade. Nem me recordo mais de como chegamos a tal assunto, apenas me recordo de Nateh dizer: "crianças sem futuro, por isso não quero filhos."

James sempre é defensor de famílias e crianças, talvez ele seja uma versão da Cristina Rocha de casos de família ou de um bêbado que foi abandonado pela família, mas com diplomas e uma já inexistente, dignidade inabalável. Já pelo contrário Nateh só sabe insultar a pobres crianças e dizer que elas não tem futuro, pois ele sabe que se não estivesse em uma faculdade seria igual a elas.

- James, por favor, fecha a boca. Eu não ligo para o que os estudos dizem e pra ser bem honesto com vc, não quero que fique falando de como o afeto e coisas tais influenciam nas nossas ideias e.... - ele para de falar assim que vê três meninas entrarem pelo portão da faculdade. Seus olhos dilatam e como se sua testosterona dobrasse a potência, ele sorri de forma maliciosa . Nateh é fanático por mulheres ou pelo menos em seus corpos... Eu acho.

- Nate, teria como você não babar no carro - digo brincalhão - eu não quero que essa sua doença pegue em mim.

- você diz isso pq ainda é virgem! - nate rebate confiante.

- não foi isso que sua antiga namorada me disse, Nate! - rebato sua confiança.

- vocês fez oque com ela? Mostrou seu molho branco? - todos em um grande coro sem harmonia começam a rir. O trocadilho com molho branco e virgindade acaba que soa engraçado.

Me afasto de James que vai estacionar o carro, Nate com sua pressa maior que o mundo segue em direção a faculdade e eu o acompanho sem muita rapidez. Caso não saibam, somos os gostoso aqui, mesmo que sejamos iguais a qualquer outro ser humano bonito e estiloso. As meninas limpam o chão que pisamos, principalmente que Nate pisa, ele as tortura com seu "charme" de cuzão.

Sigo em direção a minha categoria e Nate segue para algum canto com meninas.

- ele só irá se aquietar quando alguém colocar uma coleira nele... - murmuro para mim mesmo.

- Jake! Jake! - Sabrina, vem correndo em minha direção. Ela me abraça e sorri alegremente como se tivesse visto o Justin Bieber. - achei que não viria hoje, mas fico feliz de ter te encontrado, preciso conversar com você, é sobre uma menina do curso de artes!

- Bom, podemos conversar depois da aulas? No almoço? Tenho que ir para a sala e não gosto de me atrasar... Sabe que sou pontual - digo sem muita intimidade. Sabrina quer muito namorar ou Nate ou James, e por isso ela se próxima de mim para se aproximar dos meus irmãos já que a algum tempo atrás eu lhe dei um fora.

- Seu professor de gastronomia não veio hoje! O Amatt pediu para avisar aos alunos do seu prédio, e minha professora está em reunião, temos um tempo para conversar, mas antes eu preciso ir na sala de artes falar com minha amiga que está afim de você! - ela solta sem muita enrolação e como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Eu não quero que uma menina se apaixone por mim e ache que só por isso irei ficar com ela...

Sabrina some no corredor como uma real alma penada, fico ali parado por alguns segundos pensando "aonde devo ir que Sabrina não me encontre?" Mas nada vem em mente e isso é um pouco triste, afinal a faculdade é enorme. Mas ela já sabe todos os pontos de onde eu possa estar... Stalker é assim.


{...}

- Vamos Jake, fique comigo! sabe que não vai encontrar nenhuma menina tão linda como eu aqui! sabe que eu sou oque você precisa e que ninguém pode tampar o vazio do seu peito, além de mim - A menina cujo o nome desconheço se oferece para mim.

- não há nenhum buraco em meu peito, então você não precisa tampar nada, não preciso de você. Pode me dar licença? - tento sair da sala mas ela arranca a chave da porta e guarda entre seus enormes seios notavelmente siliconados.

- Eu já disse não! você só vai sair quando aceitar ser meu namorado, caso contrário vai ter que me tirar a força da sua frente! - a baixa e loira, garota, me empurra.

eu confesso estar perdendo o controle mas não vou perder totalmente. Afinal ela é uma mulher e eu sou homen, tenho mais força que ela, se eu der um murro nela provavelmente perderá a consciência e a culpa será minha, então vamos evitar brigas... certo?

- Tudo bem? quer um beijo? - me aproximo dele segurando em sua nuca, ela fecha seus grandes e gananciosos olhos verdes e faz um pequeno bico. Não posso fazer isso comigo mesmo. Antes que nossos lábios se encontrarem como se Deus tivesse me ajudado, as chaves caem no chão, concentrada em me beijar ela não nota.

Me abaixo como um ligeiro gato, pego a chave e enfio dentro do buraco da fechadura em um tiro certeiro. Ela grita e me puxa fazendo minha gola da blusa rasgar, saiu correndo da sala mas por grande azar do destino ela grita para todo o prédio escutar: "Jake Olivert me assediou!".

Então aí começo a ver a morte se aproximar. Nunca fui bom de brigas na escola, James ou Nateh me protegiam, mesmo eu sendo mais velho que Nateh. Sthefen o ex-namorado daquela menina loira, aparece no corredor, ele me olhar com ódio nos olhos, meu momento para correr chegou.

Desço as escadas como um tufão, Sthefen também, seus olhos me torturavam e arrancava minha pele milímetro por milímetro. Até que por um erro meu o mais velho gruda em minha roupa, e me joga no chão do refeitório. Que por sinal nem sei como chegamos ali. Foi tudo muito rápido e ele não parava de gritar como um tremendo idiota...

Sinto sua grande mão esmurrar meu rosto, tirando me do transe da queda, não dói mas faz com que algo em mim comece a pegar fogo. Passo meu polegar suavemente pelo provável machucado no canto dos lábios, eu não sabia que sentiria aquilo, muito menos que pensaria naquilo.

A única cena que veio em minha mente foi a de quando Nateh e eu éramos pequenos.

Alguns anos atrás.

- Seu lixo de banheiro! quero ver xingar minha mãe de novo! - digo bravo a um menino do ano superior.

Nateh sem (com) intenção de machucar arremessa uma cadeira do outro lado da sala até próximo de mim, Dryan dois anos mais velho que eu segura meu pulso e antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Nateh o chuta.

Alguns amigos de Dryan em um pulo ligeiro seguram a minha cabeça próxima do chão e tentam pisar. Eu grito, grito o mais alto que meus pulmões podem até que, Dryan o babaca, pisa sem dó fazendo uma pressão extrema em minha cabeça.

Meu sangue esquenta e quando vejo Nateh, mesmo sendo pequeno consegue derruba-lo no chão ficando com a cabeça de Dryan em mãos, ele a bate repetidamente contra o chão até que sangue começa a escorrer dentre seus dedos...

- VOCÊ VAI MATAR O DRYAN! - Suzan minha professora puxa-o pela gola da blusa, Nateh me abraça em desespero e de repente perco a consciência pelo tanto de sangue em suas mãos...

[...]

Golden Hour - Em Andamento Onde histórias criam vida. Descubra agora