chapter VII - son of Aphrodite pt 2

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• perspectiva de Afrodite

Vou para meu quarto e sento na cama. Steve e meu pai me chamaram de mimada em um só dia. Talvez Apolo e Bucky também me achem, mas nunca falaram. 


- Afrodite! - Ártemis aparece na minha varada.

Ela brilhava como a lua, caminho até a varanda. Ela veio até mim a não muito tempo atrás, me encorajou a ir em busca do amor, em ficar com o Steve. Mas desde então, ela sumiu.

- Ártemis.- falo. 

- Seu pai tem razão, Afrodite. Você precisa olhar sua volta e ver o que está acontecendo.

 – O que você quer dizer com isso? - pergunto confusa

- Veja as coisas que estão em evidência.

- Isso ainda não me diz nada! - falo e ela simplesmente some. 

O que isso quer dizer? As pessoas continuam fazendo isso comigo! Apolo e suas adivinhações e agora Ártemis e suas meias verdades. 

Volto para quarto, mas não consigo dormir. Viro de um lado para o outro, durante horas e resolvo levantar. Minha mãe sempre diz que nada melhor que um copo de leite para dormir.

Vou até a cozinha, mas paro no corredor. Minha mãe estava caída no chão desmaiada.

- MAMÃE! - Exclamo e vou até ela. 

Tento acordá-la e nada. 

- PAPAI! TIO! - Os chamo 

Meu tio e meu pai correm até mim.

...

Formos até o hospital. O médico e meu pai conversaram durante algum tempo e eu fiquei com meu tio.

- O que tá acontecendo? - pergunto a meu tio 

- Eu não sei, mas vai ficar tudo bem. Vá para casa e descanse. - ele diz

- Não posso, não posso deixá-la sem saber o que estava acontecendo.

Ando um pouco pelo hospital. Nunca tinha ido em um lugar como aquele, chegava a ser assustador. Pessoas morrendo, outras chorando. Correria, gritos. 

- Afrodite? - um senhorzinho me chama quando eu passava na frente de seu quarto.

- Como o senhor sabe meu nome? - pergunto entrando no quarto. 

Olho para o lado e o nome na ficha, STEVE RODGERS. 

- Steve. - falo 

- É bom vê-la. - Ele diz 

- Steve, por que está aqui?  Você está doente? - pergunto 

Eu vivi uma vida boa, Dite. Não estou mais tão bem. - ele diz em meio a algumas tosses

- Não entendo.  Eu te vi e você estava jovem. - Falo. - Isso é possível? - pergunto 

- Eu lembro de nos encontrarmos, e vamos nos encontrar mais algumas vezes. Você sempre foi meu sonho mais bonito, Dite. Mas meu tempo está acabando. Porém, me fale sobre você, o que estar fazendo aqui? - Ele pergunta 

- Minha mãe estar aqui. Não sei o que aconteceu, mas estou esperando os médicos.

Qual a sensação de ver alguém que você ama envelhecer?  Minha mãe iria envelhecer e morrer antes que meu pai começasse a mostrar qualquer sinal de velhice. Mas também não éramos imortais, apesar de vivermos alguns mil anos a mais.

- Eu não te odeio, Steve! - Falo engolindo as lágrimas.

- Tenha uma boa vida, Dite. Quando quiser me ver apareça em meus sonhos. - ele diz

Alguns segundos depois a máquina começa a apitar.

- Steve! - sussurro e coloco a mão na minha boca. 

Eu nunca tinha pensado na morte como algo que poderia acontecer no presente. Eu o veria partir, veria o Bucky partir e minha mãe...

Minha mãe que tem sido minha força em todos esses anos. 

Eu nunca suportaria.

- Dite. - meu tio diz na porta

- Ele se foi. - falo

Nunca pensei que veria ele partir

Nunca pensei que ele partiria.

- Respira. - Meu tio diz me abraçando

Meu peito sucumbia, coração acelerado, respiração descontrolada. Eu entrei em colapso. 

 - Se acalme, por favor! - ele me abraçava mais forte que podia. 

AFRODITE: exileOnde histórias criam vida. Descubra agora