Capítulo 1

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Aria Boldor 4:30 am


Vejo as horas no relógio respiro fundo sem nem um pingo de paciência com meu próprio cérebro , mais uma noite mal dormida, do meu lado Manoel dorme tranquilamente, me levanto pois já estou ficando entediada.

  Vou pra sala e puxei alguns projetos que eu estava trabalhando para mostrar ao meu professor de desenho artístico, pois estou competindo pra entrar em um projeto de uma das empresas que patrocinam a Faculdade de El, a que estou de olho é a mais famosa de toda Madrid a IDLA ( Imperio de la arquitectura).

   Fico tão distraída com os gráficos e se as linhas estão retas, por volta da 7am meu celular despertou, quando estou trabalhando me perco totalmente naquele mundo que eu crio em minha cabeça, nem percebo
A hora passar, se não fosse a barulheira que o Manoel faz pra levantar.

" Bom dia gata" disse ele bocejando

" Bom dia" disse sem olhar pra ele

" A quanto tempo está aí parecendo um zumbi?" Perguntou

" Desde as 4 da manhã" digo e me concentro em ver se os metros quadrados do projeto estão certos 

  Sinto sendo me puxada para o corpo quente de Manoel, ele beija meu pescoço e bochecha.

"Dê atenção ao seu amor" disse ele manhoso 

" Taaaaaa agora me larga ser carente" disse rindo 

  Ele me levou para o sofá e me abraçou 

" Bom dia coisinha bela" disse ele no meu ouvido 

" Bom dia carente da minha vida "  

   Ficamos assim por um tempo, e logo eu corri para o banheiro para tomar meu banho, quando estou me secando escuto um estrondo e cacos de vidro caindo de encontro com o chão, me enrolei na toalha, tenti abrir a maldita porta só que a mesma não abria.

" Manoel está tudo bem?" perguntei aos berros 

  Puxava a maçaneta e dava socos para alguém me escutar mas eu só ouvia uma briga e mais vidros no chão aquilo estava me assustando de uma forma que eu nunca tinha sentido, aquele medo como se eu estivesse cega e não pudesse ajudar a pessoa que eu gosto, agora pude sentir a sessão de se sentir impotente.

  Quando finalmente consigo abrir a porta, o chão esta com os pedaços do meu espelho da sala todos jogados no chão, alguns com partes cheios de sangue, mesmo descalça corro pela trilha de sangue que esta levando ate o meu quarto, Manoel estava com as orelhas cortadas, e seu corpo todo cortado de perfurações de faca, seus olhos cheios de lágrimas vermelhas me encarava , não necessariamente eu mais sim atrás de mim ele apontou, me virei e pude ver um reflexo no espelho, um homem todo ensanguentado, olhos puxados cor de avelã, as maças do rosto proeminentes, e um sorriso de assustar de tão diabólico nos lábios, que me fez olhar pra trás de mim rápido porém não tinha ninguém.

   Quando olhei pro espelho o reflexo sumirá, procurei pelo quarto e nada. Me aproximei do espelho cautelosamente, me corpo coberto pela toalha tremia, não sabia se de frio pelo vento que entrava da janela do quarto ou de medo, talvez seja ambos, toquei no espelho e o cara reapareceu me puxando para sair com o corpo pra fora do espelho.

  O medo era nítido em meu olhos.

" Você será a próxima" disse e me puxou para o dentro do espelho com ele

   Levantei a cabeça em um pulo fazendo todos na sala me olhar pois fiz um barulhão, foi apenas um pesadelo Aria.

" Você está bem senhorita Boldor?" perguntou o professor de História da arte

" Sim me desculpe eu recebi uma mensagem ruim perdoe me professor posso me retirar?" perguntei

" Claro pode ir a classe toda está dispensada" todos me olharam em agradecimento 

  Peguei minhas coisas e sai pela porta de cima onde estava mais próxima da minha cadeira, toda vez que me mudo tenho esse tipo de sonho desde os meus 10 anos que foi a primeira vez que minha mãe e eu mudamos de casa

A vida e a morte do Serial killer: Redenção Onde histórias criam vida. Descubra agora