Capítulo IX

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Passei na casa de Larissa as 20hs para leva-la ao cinema, parei meu carro em frente a casa dela e fiquei observando as pessoas e os carros trafegarem as ruas. De repente ela se aproximou do carro, estava linda com aquele vestido preto com alças fininhas e uma maquilagem levinha.

_ Demorei muito?

_ pra ter sua companhia ficaria esperando a noite toda - abrir a porta do carro pra ela que me agradeceu dizendo:

_ Nossa! você é muito gentil.

Uma hora depois quando o filme já estava acabando eu criei coragem e peguei suavemente na mão dela que também me retribuiu com colocando a cabeça em meu ombro.

Naquela noite o filme que passara no cinema era orgulho e preconceito. Ela estava emocionada com a história de amor do filme. Então deslizei a mão sobre a face macia dela e sutilmente toquei seus lábio em um delicado beijo. Nos beijamos varias vezes até o termino do filme.

Após o cinema a levei pra jantar em um requintado restaurante da cidade. Agora eu tinha certeza que tinha encontrado a mulher da minha vida.

Dias e meses se passaram e a cada dia meu namoro com Larissa ficava mais serio. Numa manhã de sábado comprei rosas vermelhas e mandei entregar no trabalho dela e junto com as flores tinha um cartão que dizia " que ser minha esposa pra sempre ". Ela imediatamente me ligou agradecendo as flores e disse que aceitava ser minha esposa.

Dias depois ela já estava morando em meu apartamento comigo. ela compartilhava o aluguel com uma amiga do trabalho. Eu estava muito feliz de tê-la comigo, porem não havíamos tido nada mais intimo do que beijos, Larissa ainda era virgem e eu não quis força-la a fazer sexo comigo, ela tinha liberdade pra decidir se faria amor comigo antes ou depois do casamento.

Uma certa noite cheguei do trabalho e encontrei uma garrafa de champanhe dentro de um balde de gelo, uma mesa pronta para um jantar a luz de velas.

Aquela noite foi maravilhosa. jantamos e logo em seguida ficamos na sala tomando champanhe, dançamos ao suave som de cinzas das horas, nos beijamos por diversas vezes. Foi no beijo que percebi que Larissa queria se entregar pra mim. suas mãos estavam ousadas e me tocava vagarosamente. coloquei-a em meus braço e a levei ao quarto, deitei-a suavemente na cama, desabotoei seu vestido vagarosamente em quanto sentia seu cheiro. Sua pele macia me deixava totalmente excitado. Ela olhou fixo nos meus olhos e disse _ Me beija, porque essa noite eu serei toda sua.

Enquanto nos beijamos eu deslizei minhas mãos sobre os seios dela. Queria que ela se sentisse amada, desejada e segura.

Acordei as 8hs da manhã fui a cozinha e preparei uma bandeja com o café, leite e torradas, coloquei uma rosa vermelha num vaso e levei ao quarto.
Acordei Larissa com um leve beijo. Ela abriu os olhos lentamente e disse _ Bom dia meu amor.

_ Bom dia, trouxe seu café.

_ Esquece o café. vem pra cama.
Novamente deitei na cama e fizemos amor pela quarta vez.

Dias Depois...

Já estávamos de malas prontas para viajar e conhecer sua família, deixei a chaves do meu apartamento com Aldo, pedi a ele que cuidasse das plantas e da comida da minha cadela Leka.

_ João Paulo, você pode viajar tranquilo, cuidarei de tudo pra você.

_ Obrigado meu amigo.

_ Façam boa viagem.

Abri a porta do carro para Larissa e em seguida deia a partida rumo a Quixadá, foram horas de viagem, mas eu estava feliz por está ao lado da minha amada mulher. Ela havia tocado meu coração como nenhuma outra mulher havia tocado.

Na verdade o amor é realmente que eu estava sentido. O amor é uma força estranha que nos domina, nos faz sonhar, nos faz deseja está sempre ao lado da pessoa amada.

O que seria de nos homens se não fosse o amor. Assim chego a compreender que todas formas de amor são realmente válidas e que só um grande amor pode mudar a vida de um homem.

Chegamos na casa de minha sogra as 18hs, eu estava exausto da viagem. Paramos o carro e Larissa desceu e bateu palmas.

Uma senhora de mais ou menos 42 anos abriu a porta curiosa e quando viu a filha encheu os olhos de lágrimas dizendo _ Larissa! minha filha que saudades.

_ Mãe, quero que conheça meu Marido João Paulo.

Eu desci do carro e quando olhei para a mulher a minha frente percebi que ela não me era estranha. A mulher olhou fixo pra mim e disse _ Meu Deus! Isso não pode tá acontecendo.

_ O que foi mamãe? o que está acontecendo?

_ Vocês não podem ficar juntos.

_ porquê, diga-me, porquê não podemos ficar juntos?

_ Por quê ele é seu pai.

Eu fiquei atordoado e Larissa colocou a mão na cabeça e se ajoelhou aos prantos.

Aquelas palavras soaram como uma bomba na minha cabeça. Deu-me uma vontade de chorar, fiquei atordoado sem saber como reagir. Cristina pediu para que entrássemos na casa e conversaríamos para achar uma solução para tão grande problema. Minha vontade era de morrer, eu não podia estou apaixonado por minha própria filha. E agora como vou resolver essa situação? Meu mundo desabou. Entramos na casa, sentamos em um velho sofá e juntos tentamos achar uma solução.

_ Eu sei que vocês não têm culpa de terem se apaixonado, mas a questão é que vocês são pai e filha, perante aos olhos de Deus é um pecado mortal - disse Cristina olhando fixamente para mim.

Eu nunca imaginara que Cristina fosse aquela moça que um dia tive um romance de carnaval. Via nos olhos de Larissa o quanto ela estava sofrendo com aquilo tudo e eu simplesmente não podia fazer nada. Após minutos de conversa decidimos que seria melhor nos afastar por um tempo até que pudéssemos assimilar toda aquela situação desagradável.

_ Como a vida era injusta comigo, eu estava no momento mais feliz da minha vida e me acontece algo para destruir minha felicidade. Cristina resolveu ir a cozinha fazer um café e fiquei sozinho na sala com minha amada Larissa. Olhei para ela com as lágrimas escorrendo em minha face e perguntei _ O que vamos fazer; meu amor?

Ela pegou firme em minha mão e disse _ Eu não quero ficar longe de você, eu te amo João Paulo.

_ Eu também te amo, mas não podemos ficar juntos. Eu sou seu pai, se ficarmos juntos será mais uma vez incesto. O melhor que temos que fazer é nos afastar por um tempo. Agora tenho que ir, a viagem é longa.

Larissa se jogou aos meus pés e implorou para que eu não a deixou-se. Choramos, nos abraçamos e em seguida sai deixando-a sozinha. No caminho de volta a Fortaleza não conseguia pensar em outra coisa a não ser em Larissa. Liguei o radio do carro e a musica que estava tocando me lembrava dos momentos que passamos juntos. A musica (The only exception)


Faz-me sofrer mais ainda. Eu estava perdido, sem rumo.
De repente vejo uma luz de um carro vindo em minha direção, senti uma forte batida na minha cabeça. Acordei horas depois em um hospital, uma enfermeira entrou no quarto. Sem lembrar nada perguntei _ enfermeira o que aconteceu? Por que estou aqui no hospital?

Enquanto ela trocava a bolsa de soro ela me respondeu _ Você colidiu com outro carro na estrada, deve ter sido um momento de distração do senhor, sua sorte é que estava com o cinto de segurança. Se não podia não esta mais vivo.

_ enfermeira eu não consigo lembrar nada, só lembro que vinha de Quixadá. Meu Deus o que vou fazer sozinho naquele apartamento sem ninguém pra me ajudar?

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