When the zeros line up on the 24 hour clock.

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Ps: Essa história já existe no meu perfil do Spirit  /Icebubble



O vento gelado, em junção das poças de água que eu pisava, arrepiava constantemente minha nuca, descoberta pelo meu cabelo curto. Eu havia recebido uma mensagem um pouco mais cedo – Sendo essa a razão por estar na rua em plenas dez da noite – e apenas esperei a água dar uma trégua para calçar meu converse vermelho e ir em direção a casa dos meus melhores amigos.

Pelo clima ameno e úmido desta terça feira, a primeira coisa que fiz quando avistei a casa branca de dois andares foi subir rápido as escadas da varanda e com a ponta do tênis dei três batidas na porta.

— Margot? Entra. Você chegou rápido, por acaso sua mãe teve um romance proibido com o Barry Allen? — Diz Jungkook, abrindo a porta para me dar passagem, quando passo por ele esbarro em seu ombro propositalmente, rindo.

— Não enche. — Digo já tirando o calçado, pronta para andar pela casa. — Cadê o Yoongi?

— Ele 'tá lá em cima. Vem, não faz barulho.

Subimos as escadas nas pontas dos pés para o Sr. e a Sra. Jeon não perceberem nenhuma movimentação pelos corredores, já que ambos tinham um sono leve.

Quando tivemos que passar na frente da porta deles – já que o quarto que os garotos dividiam era o último do corredor – quase saímos correndo até a porta entreaberta. Assim que entramos no cômodo, Jeongguk fecha a madeira lentamente como se sua vida dependesse disso. Eu não consegui me aguentar e acabei rindo com a cena.

Olho na direção da janela e, sentado embaixo dela, está Yoongi enrolando a seda delicadamente com seus dedos longos e finos.

Percebo que no canto há quatro malas grandes e uma parte da decoração do quarto está sumida. Mesmo confusa, evito fazer perguntas e ignoro esse detalhe.

Quando o platinado percebe que eu estou me aproximando, ele faz uma análise em mim dos pés a cabeça voltando para um ponto específico, vou em sua direção e ele ainda está com o olhar fixo em minhas meias de joelho, enquanto passa a língua lentamente pelo papel.

— Eu já disse que era pra você me deixar fazer isso, você não sabe direito. — Digo me sentando ao seu lado no chão e tirando o papel da mão dele para enrolar de um jeito um pouco mais aceitável.

— Que eu saiba não há um jeito certo de fazer.

— A noona é profissional nessa Hyung, eu disse pra esperar ela. — Retruca Jeongguk, se jogando em nossa frente com a cabeça apoiada na mão e o corpo de lado.

— Não amacia o ego dela, se não ela nunca mais pisa na terra dos mortais. — Diz Yoongi, tanto eu quanto o mais novo caímos na gargalhada.

Eu talvez nunca tenha dito em voz alta mas admiro muito a relação de Jungkook e Yoongi, ambos ainda eram crianças quando a família de Jungkook adotou Yoongi e os criou como irmãos, dando a ele o direito de utilizar o sobrenome Jeon.

A ligação deles vai além de laços sanguíneos, eles são aquilo que uma família de verdade deve ser.

Tiro o isqueiro do bolso e acendo o papel dando uma tragada longa na erva, logo passando para Yoongi que repete minha ação para o cigarro chegar nas mãos de Jeongguk. O vento que a janela trás chama minha atenção, eu olho fixamente para a rua antes de voltar a atenção aos meus melhores amigos e iniciarmos uma conversa.

[...]

— É sério Hyung, ela não me dava um minuto de sossego, fui obrigado a mandar a Margot quebrar esse galho pra mim. — Diz Jeongguk sobre o episódio do início da semana.

Knee Sock'sOnde histórias criam vida. Descubra agora