Eu estava sentado em uma cadeira na cozinha da pousada, meu nariz estava sangrando muito e sentia muita dor na barriga, mesmo não sabendo exatamente onde.
Joseph estava tão preocupado que estava até achando graça no desespero daquele senhor. Tudo bem, estava um pouco feio, mas não estava morto.
Quando a porta abriu, Joseph respirou aliviado, era meu chefe, Amy, um rapaz que eu não conhecia e um homem com uma roupa de policial.
- Tudo bem. Deixa-me ver isso aqui. – Andrew colocou sua mão em minha testa e empurrou minha cabeça para trás, tendo melhor visão do meu rosto.
- Caramba! Isso foi um soco? – O rapaz fez cara de surpresa.
- Você me disse que ninguém roubava nada nessa cidade, Andrew. – Eu sempre queria aliviar a pressão quando algo grave acontecia, com um certo humor, mesmo falhando.
- E não roubam. Joseph, pode vir comigo, por favor. – O policial convidou o senhor de idade para fora da sala. – E depois, quando estiver bem, quero ouvir você, está bem? – Eu assenti e Andrew continuava olhando meu nariz e minha boca. Aquilo ficaria roxo, no mínimo.
- Abra a boca. – Amy disse um pouco autoritária e eu obedeci.
- Não quebrou nada, mas vamos fazer um Raio-X do seu rosto amanhã bem de manhã. – Disse Andrew.
- Mas cortou sua boca por dentro e por fora e sua bochecha está começando a inchar. Esse cara tem a mão forte. Ele estava sozinho? – Amy parecia apreensiva, meio irritada.
- Eram dois! E a propósito, foi um chute. Eu estava meio bêbado, ainda estou, acho que é por isso que não tá doendo tanto o rosto. – Amy colocava as mãos quentes eu meu rosto com muito cuidado e analisava cada arranhão até que seus olhos fitaram os meus.
– Foi só isso? – Ela me perguntou.
- E um soco no tórax, peito...sei lá...tá doendo em todos os lugares agora. – Ela parou de me encarar, mas por um instante pude ver ternura em seus olhos, mesmo que sua feição parecesse nervosa.
- Amy, você fica aqui e limpe como puder o rosto dele e verifique as costelas. Paul, você me leva até o consultório pra eu pegar um kit de primeiros socorros? – Dr. Andrew indagou o rapaz que estava parado e com um rosto em choque. Claramente, violência é uma coisa que essa cidade não conhecia muito bem.
- Claro! Vamos lá. Qualquer coisa nos ligue, anjinho. – Paul tirou as chaves do bolso na calça e saiu com o médico pela porta da cozinha.
- Tá bem. Vamos lá. – Amy pegou um pano limpo, uma vasilha com água da torneira e colocou na mesa que estava ao meu lado. – Desculpe pela má hospitalidade. Mas prometo que isso não acontece. – Colocou cuidadosamente o pano molhado na minha boca e pressionava às vezes para tirar o excesso de sangue e ficava receosa quando eu arfava.
- Tudo bem. Não foi nada demais. – Dei o melhor sorriso de canto de pude.
Ela está em pé e eu sentado com uma de suas pernas no meio das minhas, quando involuntariamente comecei a notar seu cuidado, a doçura e preocupação. Seus olhos atentos ao que estava fazendo, seus braços desnudos, pois ela estava usando uma camiseta preta de alcinha e por algum motivo, eu me peguei fitando seus seios que pareciam fartos, passando pelo seu pescoço, onde ela usava uma pequena corrente escrito Sarah. Sua pele parecia ser tão bem cuidada e macia. Quando percebi que estava entrando em transe com aquela moça e que queria tocá-la, abaixei o rosto bruscamente e apertei a almofada da cadeira que eu estava com força tentando afastar esses pensamentos.
- O que foi? Doeu? – Ela se agachou e ficou um pouco mais baixa que eu sentado na cadeira. – Andrew deve estar voltando já, então ele fará um curativo e pode te dar um sedativo se quiser.
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AMOR EM HILL CITY (JOHNNY DEPP)
RomanceAmy Miller nasceu em Hill City (Dakota do Sul), uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos e desde pequena era apaixonada em ajudar pessoas, o que lhe fez mais tarde se tornar uma auxiliar médica adorada pela população da cidadezinha pacata...