FRATURA ♟TOM RIDDLE (+18)

019

O ar da manhã estava fresco e com gosto de geada enquanto Tom descia o caminho sinuoso em direção a Hogsmeade.

Tinha nevado ontem à noite, cobrindo o chão com uma camada macia de branco, fazendo cada passo ranger levemente. A julgar pelas nuvens acima, Tom suspeitou que outra camada cairia em breve.

Ele puxou o cachecol ao redor do nariz.

No início do dia havia apenas alguns outros descendo para a aldeia, mas em cerca de uma hora o caminho estaria inundado de estudantes. Tom preferiu evitar a multidão e desfrutou do breve momento de solidão antes de ser inevitavelmente encontrado por seus companheiros de casa.

Deu-lhe muito tempo para pensar. Como sempre acontecia nos dias de hoje, sua mente imediatamente se voltou para Jones.

Ele não tinha visto a garota desde a noite anterior.

A porta de seu quarto tinha sido selada quando eles voltaram para o salão comunal e deixaram sua varinha, sem nenhuma mudança quando Tom acordou esta manhã, e ela não estava no café da manhã.

Era divertido e enfurecedor como alguém tão ousada e assertiva como Jones era tão habilidosa em desaparecer.

Os desaparecimentos constantes provavelmente deveriam preocupá-lo, mas Tom estava surpreendentemente satisfeito em deixar Jones fugir por enquanto. Hogwarts era tão grande, e com suas aulas não era como se ela pudesse evitá-lo para sempre.

Além disso, ele meditou com um sorriso malicioso, isso tornou o desafio de descobrir seus segredos mais interessante.

Enquanto caminhava, aproveitou o tempo para colocar as luvas, flexionando os dedos para ajustá-las no lugar. Os encantos de aquecimento baniram instantaneamente o frio, e Tom ficou maravilhado com o quão esplendida era a magia.

Ele olhou para cima, os olhos percorrendo o caminho preguiçosamente até que pousaram em uma figura solitária que acabou de aparecer na frente dele.

Deleite faiscou através dele, junto com uma onda de travessura infantil.

Tom se inclinou e pegou um punhado de neve, moldando-a cuidadosamente em uma esfera enquanto avaliava a distância. Ele estreitou os olhos, levantou o braço e a lançou para a frente.

A bola de neve atingiu suas costas. Rindo de seu golpe, Tom avançou ansiosamente.

Os ombros de Jones se apertaram com sua aproximação, e ela se torceu para olhá-lo com um olhar verdadeiramente impressionante.

Tom ergueu as sobrancelhas, o sorriso se alargando quando viu os tufos de neve ainda grudados no cabelo longo dela. Ele podia sentir o desagrado irradiando da menina e se deleitava com isso.

- Bom dia. -ele cumprimentou.

A carranca de Jones diminuiu, mas apenas porque ela parecia mais confusa do que zangada.

- O que você quer?

- Não é assim que você cumprimenta as pessoas. -Tom repreendeu, seu olhar deslizando para o lado e para baixo em direção a Hogsmeade- Você está indo para a aldeia? Talvez possamos ir juntos.

- Não. -Jones respondeu imediatamente, a expressão oscilando entre desconforto e aborrecimento, provavelmente lembrando seu último encontro.

- Por que não? Não é normal que amigos passem tempo juntos?

Jones bufou, o som assustando os dois. Ela deu a Tom um olhar estranho ao dizer com total honestidade:

- Você não sabe como ter amigos.