capítulo 1

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Assim que meu pai morreu eu assumi a empresa, ele era um importante deputado aqui de Goiânia, minha família é envolvida na política há anos, isso facilita o transporte das mercadorias e acordos comerciais.
   era manhã quando a PF invadiu meu escritório com um mandato de busca e apreensão, fui acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico internacional. Não deveria ser crime continuar com os projetos de meu pai.

Flash's de câmera são direcionados a minha face, ja imagino meu rosto estampando todos os jornais do país, O delegado federal me acompanha até a viatura onde sou forçada a entrar, de lá fomos até um hangar onde pegamos um jatinho para Curitiba, serei interrogada lá e também teremos o julgamento.
  Não posso negar meus crimes mas sejamos francos, há décadas que os Henrique pereira estão relacionados ao crime, quantos aviões com as iniciais HP na lateral já foram apreendidos lotados de coca? A polícia realmente vai fingir que descobriu agora, corruptos.

   Chegamos em Curitiba e já se passavam das 15h, fui encaminhada para uma cela dentro da polícia fededal, era grande e até confortável, tinha uma tv tela plana, uma cama macia e um pequeno banheiro, ser rico no Brasil realmente nos traz muitas vantagens.
   O guarda vem ate mim e me entrega algumas trocas de roupa e itens de higiene,  ele avisa que por hoje eu poderia descansar e amanhã de manhã seria o interrogatório. Eu apenas concordo e dou graças a deus, minha cabeça está latejando, não suportaria uma série de perguntas que todos sabem a resposta.

    Tomo um banho e visto uma das roupas que o guarda havia me entregue, deito na cama e durmo acordando apenas na hora do jantar que me trouxeram na cela. Ligo a tv e vou passando os canais, todos falam sobre a prisão da herdeira henrique, puta que pariu, só falam disso? nenhuma criança foi sequestrada hoje? mudem de assunto!
   Assito o Willian Boner falar sobre meu caso enquanto meu lindo rostinho é mostrado no telão atrás, ele comenta sobre minha advogada que eu ainsa não conheci. Heitor, meu antigo advogado fugiu assim que a PF chegou no escritório, agora está foragido. Boner fala o nome da advogada, Marília, não há fotos dela o que me deixa mais curiosa para conhecê-la, espero que não seja uma covarde como Heitor.

    Na manhã do dia seguinte o guarda me acorda batendo na porta da cela, que barulhos infernal. Levanto e faço minhas higienes me arrumando rapidamente para o interrogatório, Carlos meu secretário e braço direito me acompanha até a sala onde começaria a série de perguntas.
   Rodrigo o delegado se senta em minha frente já me direcionando acusações com um tom de arrogância

— A senhora sabe que após o julgamento será transferida não é? aposto que você odiaria conviver em uma penitenciária de baixo escalão — diz ele afim de que eu confesse tudo

— só falo na presença da minha advogada

— nesse primeiro momento, doutora mendonça não acompanhará você, é bom que colabore e responda nossas perguntas – uma policial que estava ao lado do delagado me direciona oferecendo um copo d'água

   Respondo as perguntas de forma não prejudicial a mim mesma até porque, só quero ir embora pra minha casa ficar com minha filha. Lua o nome dela, fruto de um relacionamento fudido que graças a deus ja acabou com a morte trágica do meu ex marido.
    Volto para minha cela e almoço lá, alguns minutos depois o guarda me chama avisando que minha advogada estava me esperando na sala de visitas, mesmo não a conhecendo, sinto uma alegria dentro de mim, creio que seja uma esperança. O guarda me acompanha até o local e no fundo da sala estava uma loira alta, bem vestida e com um ar de superioridade. Ela se levanta e me cumprimenta, nos sentamos e ela começou a falar

— senhora henrique, andei lendo sua fixa crinal e uou... ela é extensa – a loira diz folhando minha fixa — mas eu sou a melhor no que eu faço, vamos dar um jeito de te tirar daqui

advogada do diaboOnde histórias criam vida. Descubra agora