XXIV. GREEN, YELLOW AND BLACK

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reta final começando!! mais poucos capítulos até o final! não esqueçam de favorita, amorinhas








Louis meio que tinha se mudado para o palácio. Ele mal se lembrava de seu último banho em seu chuveiro. Na verdade, ele não se lembrava da última vez que tinha tomado um banho sem que Harry entrasse sorrateiramente no chuveiro junto com ele.

Isso estava longe de ser uma reclamação.

Seus dias coexistindo na vida um do outro eram basicamente acordar, tomar café da manhã com a família Styles, irem para a faculdade, se encontrarem para o almoço, alguns dias da semana Louis ia para o estágio e nos outros ele ficava no estúdio - não tão improvisado assim - de Harry.

-Oi, amor - saudou entrando devagar na sala onde Harry compunha.

-Oi, Loulou! - virou em sua direção com aquele sorriso gigante - Chegou cedo, carino.

-Hoje eu só atendi a Belle, sabe? A garotinha do orfanato?

Os olhos de Harry automaticamente se encheram de água.

Louis estava fazendo atendimentos como psicólogo no orfanato, contava como estágio, mas ele não pretendia parar quando se formasse. Estava se especializando em psicologia infantil e aquele local era tudo que ele precisava para colocar seus métodos em prática, estudar, fazer seu trabalho de conclusão de curso e, obviamente, ajudar quem mais precisava, que era sua maior vontade e desejo desde que entrou na faculdade.

Havia comentado com Harry sobre uma de suas pacientes, Belle, de dois aninhos, que havia chegado lá há pouco mais de dois meses, e veio de uma família instável, com um pai abusivo e uma mãe menor de idade. A história destruía Harry. A simples menção do nome da criança fazia seus olhos marejarem e foram incontáveis as noites que Louis passou acordado afagando os cabelos de Harry tentando fazê-lo parar de chorar, mas era compreensível sua tristeza, então ele não dizia nada, apenas fazia carinho e reconfortava-o.

Usou do privilégio de príncipe - coisa que quase nunca fazia - para poder visitar a criança em uma tarde aleatória que decidiu não ensaiar, com a desculpa que queria conhecer o espaço para fazer algumas doações, mas sem avisar o namorado pois tinha medo de estar infringindo alguma regra ética e não queria prejudicá-lo. Então as visitas passaram a ser frequentes, mascaradas pelo pretexto de estar acompanhando as obras e as melhorias que sua doação estava trazendo ao abrigo e passou a ser de conhecimento geral que o príncipe havia se encantado pela criança completamente por acaso, assim como ele havia planejado. Ninguém além dele e Louis sabiam que tudo aquilo era proposital unicamente para ter um tempinho perto de Belle.

-Como minha garotinha está? - perguntou meio exaurido.

-Harry... - o alertou. Louis, apesar de achar fofo a interação do namorado com a garotinha, tinha suas preocupações sobre esse apego entre os dois.

-Como ela está, Louis, diga de uma vez.

Ainda desconfiado e com uma sobrancelha erguida ele respondeu lentamente:

-Está melhor, mais calma. Não posso falar muito sobre meus pacientes, você sabe.

Harry concordou com um aceno de cabeça e para mudar completamente de assunto, puxou Louis até que ele estivesse sentado no banquinho do piano para poder sentar em seu colo.

-Eu acabei a ponte da última música que faltava, veja - apontou para o quadro branco em uma das paredes do cômodo que tinham as músicas divididas em algumas colunas (finalizadas, falta refrão, falta ponte, falta melodia) e agora tudo estava riscado e as músicas todas na coluna das finalizadas.

Fallen Crown • {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora