CAPÍTULO #47

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— Ficaremos aqui por um tempo, ok? — Falo, vendo Vee me encarar com certo desgosto

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— Ficaremos aqui por um tempo, ok? — Falo, vendo Vee me encarar com certo desgosto.

— Virou suicida? Não posso te proteger 24 horas por dia. — Resmungou, olhando para os lados, como se estivesse atento a qualquer possível ataque. Pouso a mão em seu ombro, chamando sua atenção.

— Ninguém vai me machucar. Relaxa um pouco.

— Ninguém? Aquele Bergan apontou uma arma para tua cabeça. — Falou, o que me fez suspirar, balançando a cabeça.

— Meu problema com ele é antigo. Mas esquece isso. Eu sei me defender. De qualquer forma, você ficará em um quarto de hóspedes, próximo do meu. Não quero você no alojamento dos soldados. Eles não são confiáveis. — Falo e Vee revira os olhos.

— Como se esses desgraçados fossem capazes de me machucar. — Resmungou, respirando fundo e me olhando seriamente. — O que aconteceu para não estarmos já no jatinho de volta para a França? — questionou, o que me fez passar a mão nos meus cabelos negros, em um gesto angustiado.

— A Sra. Bergan nem me deixou falar direito. Ela quer presentear o Yuny com uma festa de aniversário. Graças a brilhante ideia do Hany. Eu vou pegar aquele moleque irresponsável… — Resmungo, cruzando os braços, vendo um vislumbre de um sorriso surgir no canto dos lábios de Vee.

— Achei que já estava acostumado. Se ele realmente estivesse se comportando, aí sim seria estranho. — Apontou, e eu não tive como negar.

— Bom, tem razão. Mas preciso fazer meu papel de irmão mais velho e arrancar a orelha dele. Relaxa um pouco, aproveite a cidade. Os donos são uns desgraçados, mas a cidade é bonita. — Dou dois tapinhas em seu ombro, adentrando a mansão, automaticamente entrando em alerta, como se eu estivesse em um campo de batalha, pronto para o fogo cruzado. Subo as escadarias, tentando lembrar o caminho até o quarto de Hany.

— Hany? — Adentro o quarto ao ouvir o som de uma música francesa e uma das preferidas de Hany. Só podia ser ele.

— Que susto, inferno! — Hany exclamou, sentado no banco da penteadeira, com um roupão de banho e passando loção corporal nas pernas. Fecho a porta atrás de mim, cruzando os braços e o encarando seriamente, pensando em mil formas de como poderia torturá-lo. Vejo ele engolir em seco, se levantando e recuando um passo. — Lembre-se que temos o mesmo sangue e você jamais me machucaria…

— É mesmo? Estou cogitando mudar de ideia… — Insinuo, amargo. — Qual é a porra do seu problema?! — Altero o tom, vendo ele se encolher pelo susto. — O que nossos pais diriam se soubessem que está aqui?! E pior, que trouxe o Yuny para sua falta de senso! — Exclamo e ele arregala os olhos, vindo rapidamente até mim e segurando meus braços.

— Não, não! Não pode falar para eles, pelo amor de tudo que é mais sagrado! Keera… eu só vim até aqui pelo Franklyn, eu juro! Fiquei preocupado com ele. — Explicou rapidamente, o que me fez respirar fundo, não conseguindo mais nem escutar suas desculpas.

— Não justifica ter mentido para mim! Muito menos trazer o Yuny para esse lugar! Você não entende o perigo que vocês correm ficando aqui?! — Exclamo e ele suspira, se afastando e voltando a se sentar na cama, cruzando as pernas.

— Estamos inteiros. E tudo estava bem até você chegar! Você que causou um alvoroço com os Bergan. — Rebateu, o que me fez ri, desacreditado.

— A sua sorte é que Franklyn cuidou do Yuny, porque se tivesse acontecido algo com ele por conta da sua inconsequência, eu juro que te matava! — Exclamo e ele revira os olhos.

— Estamos bem. Eu poderia estar melhor se aquele modelo de lenhador me desse bola… como pode ele me negar…? — Divagou, e eu realmente tive que me segurar para não estrangulá-lo.

— Eu vou fingir que você ainda tem um pingo de juízo… e te avisar o óbvio: você não vai se envolver com nenhum Bergan! Está me ouvindo, Hany?! Já chega. Para tudo tem limites! — Vocifero, vendo ele bufar, irritado.

— Você é um chato! Por isso não te falei nada! Se veio só me dá bronca já pode ir embora! — Resmungou, com um bico formado nos lábios. Suspiro, fechando os olhos por um segundo e caminhando até ele, me sentando ao seu lado.

— Você está bem? Apesar de tudo, se eu brigo com você… é porque me preocupo. Vocês não estão seguros aqui, Hany, mesmo que esteja com Franklyn. Ele que é aliado dos Bergan, não a gente. Coloca isso na sua cabeça. — Ele ficou em silêncio, cabisbaixo. — Te amo, mesmo que me tire o juízo todas as vezes. — Falo, afagando seus cabelos e beijando sua bochecha. Ele sorriu, me abraçando e devolvendo o beijo na bochecha.

— Te amo, Keera.

— Descansa. — Falo e ele apenas assente. Me levanto, saindo do seu quarto, fechando a porta, e no mesmo instante vendo Élyas no corredor, encostado na parede e de braços cruzados, me encarando seriamente.

— O que estão planejando? — Questionou, me fazendo estreitar o olhar, tentando entender do que aquele infeliz estava me acusando agora.

— Do que está falando? — Pergunto, mesmo que eu devesse apenas ignorar sua histeria e me trancar no quarto, dormindo com uma arma debaixo do travesseiro por precaução.

— Primeiro o Hany, depois o outro… e então você. Os três aqui, como se fossem visitas. Você pode ter convencido meus irmãos, mas não me desce nem um pouco. O que está aprontando?! — Suspiro, sem energia para as acusações sem pé nem cabeça de Élyas.

— Por que não vai encher o saco de outro? — Resmungo, passando por ele, e no mesmo instante ele agarra meu braço me fazendo parar.

— Estou de olho em você, Fontannelle. — Sussurrou, me soltando e esbarrando em meu ombro ao passar por mim. O olho, irritado. Ainda tinha esse filho da puta para tirar o pouco que me resta de paciência.

Mas beleza…

Eu posso lidar com Élyas Bergan.

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