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— E então?! Vai me explicar ou não?! — Exclamo, irritado. Caius cruzou os braços, me encarando sem entender.
— Explicar o quê, inferno?! — Resmungou, o que me fez respirar fundo para não avançar em cima dele.
— Eu vi aquele cara saindo do seu quarto, usando suas roupas! O cabelo estava molhado, então ele tomou um banho recente. — Observo, e Caius se senta na cama, impaciente.
— Ele só veio pegar uma roupa emprestada. Ele não trouxe malas. — Explicou, o que me fez ri.
— Isso aqui virou instituição de caridade?! Duvido que ele não tenha nada! Ninguém seria tão desastrado de viajar sem nada! — Exclamo, lhe virando as costas e saindo rapidamente do quarto, podendo ouvir Caius me chamar, mas o ignoro, apressando o passo e alcançando aquele moreno abusado. Ele andava calmamente pelo corredor, mas interrompi seus passos, o puxando pelo ombro e o empurrando contra a parede com toda a força que consigo, mas ele não reagiu com medo ou intimidação, e me irritou o fato de como ele me olhava.
Com indiferença, desprezo…
Isso era realmente familiar e pior do que vê-lo se irritar.
— O que você quer com meu irmão?! — Exclamo e ele suspira.
— Eu? Você não é tão observador? Por que não adivinha? — Rebateu, me deixando ainda mais furioso, pressionando meu braço contra seu peito, o que fez seu olhar mudar, fitando meu braço e depois me encarando seriamente. Foi em fração de segundos ele inverter as posições e me empurrar com tudo contra a parede, não me dando tempo para reagir.
Ele era rápido! Merda!
— Escuta, criança — Criança?! — Se quer tanto saber o que fiz com ele… deveria perguntar ao próprio. Mas se ele não foi capaz de te dizer, então… acredito que ele não confie tanto assim em você para isso, não? — Sussurrou, ao meu ouvido, fazendo meu sangue ferver.
— Cale-se! Quem você acha que…?!
— Elliot! — Olhamos para o lado, avistando Caius nos olhando seriamente, com a mão no coldre, caso tivesse a certeza de que estávamos brigando. Me assusto quando sinto Vee aproximar seu rosto do meu, aproximando seus lábios do meu ouvido.
— Seu irmão está chamando… — Sussurrou, se afastando o suficiente para me encarar. A tonalidade dos seus olhos pareciam me queimar. Seu tom era provocativo, e pude notar seu sorriso de puro escárnio, como se estivesse se divertindo com a situação. Então o vejo me soltar, olhando uma última vez para Caius e virando as costas, indo embora, com uma confiança irritante de que continuaria vivo, de que não iria receber uma bala nas costas.
Aquele maldito olhar…
Era o mesmo.
Um olhar superior, de desprezo. Típico de um Fontannelle.
Mas ele não passa de um soldado.
Um soldado com privilégios, já que está na mansão com Keera, e não nos alojamentos dos soldados como deveria.
— Ele te machucou? — Caius questionou, mantendo seu tom rude de sempre, mas dessa vez eu não queria conversa com ele.
— Como se você se importasse… — Resmungo, finalmente movendo meu corpo, começando a andar.
— Elliot! Não começa com seu drama! Virou uma criança, porra?! — Exclamou, tentando puxar meu braço, mas rapidamente o empurro, notando seu olhar surpreso em minha direção.
— Não encoste em mim, desgraçado! Vai atrás daquele infeliz já que estão tão íntimos! — Resmungo, retirando a camisa de botões que eu vestia e pertencia ao Caius. Na maioria das vezes eu usava as camisas dele, mas agora eu estava com tanta raiva que não queria nada dele no meu corpo. — Talvez essa também sirva para ele. — Jogo a camisa em seu rosto, saindo dali, podendo ouvir ele me xingar, mas não me importo.
Que se foda!
— Elliot! Seu lanche está pronto! — A cozinheira falou, doce como sempre.
— Estou sem fome. — Falo, sério, passando direto por ela.
— O quê…?
Pego as chaves do meu carro, saindo de casa.
Iria encher a cara e pegar a primeira mulher que encontrasse.