III.

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Sirius, o alazão traidor.

Nada a não ser seus afazeres como herdeiro.

O ruído dos talheres se chocando com a porcelana fina se configurava como o único som que preenchia o salão de jantares principal do Palácio. Os orbes azuis fitaram uma pequena ervilha no canto do prato com tédio demasiado, exausto. Aquela refeição sem graça era de longe sua maior preocupação.

Vamos encontrar com nosso homem. Klaus murmurou enquanto lambia despreocupadamente seus pelos alvos como neve. Devo colocar uma fita rosa ou azul? Vermelho seria muito extravagante, neh?

O menino curvou os lábios sentindo borboletinhas alçando voo em seu estômago. Ainda lhe era surreal o fato de ter conseguido uma vaga no acampamento de Exploração, que seria treinado por Allucard em carne e osso.

E você trate de se vestir com a melhor seda. Exigiu duramente. Eu não posso fazer todo o trabalho sozinho, Jiji. Você precisa nos ajudar a seduzir o lobão também.

Seu lobinho não parava quieto um instante se quer, ansioso demais para esperar por seu plano para que conseguissem fugir e participar da primeira fase do campeonato naquela noite. O enchia de perguntas sobre como deveria se arrumar para encontrar o lúpus, o que era no mínimo esquisito.

Jimin era um ômega sem perfume e isso afetava também o seu lado lupino. Outras pessoas não conseguiam vê-lo, nenhum ser foi capaz de tal feito, nem mesmo as bruxas ou fadas curandeiras.

Os pais do loirinho tinham o levado para ser examinado com bastante cuidado por muitas criaturas mágicas, numa tentativa falha de compreender a raiz do seu problema. A preocupação do rei era a saúde de seu herdeiro, já a da rainha era confimar se seus futuros filhos nasceriam com o mesmo defeito.

Nada foi constatado no entanto, permaneciam no escuro.

— Não acha, Jimin? — o timbre irritado de sua mãe o despertou de seus devaneios distantes.

— Perdão? — questionou aturdido, as bochechas ganhando um leve tom de carmesim quando todos os olhares da mesa voltaram-se para ele.

— Disse que Eros possui um clima extremamente agradável. — a mulher o fuzilou com as órbitas claras, crispando os lábios finos em linha rígida. — Não concorda?

— E como poderia saber? — questionou com um sorriso travesso, tramando contra a ideia tola de sua progenitora. — Nunca estive lá.

Os Kim's ofegaram surpresos, os mesmos eram comandantes do reino em questão. Rainha Hemma encontrava-se desesperada por uma aliança por conta dos recursos naturais que este oferecia em abundância, por isso marcara uma visita de boas vindas e também um jantar acompanhado de seu filho legítimo.

Jimin não parecia nem um pouco entusiasmado. Respostas curtas, suspiros cansados e murmúrios lastimados foram sua reação diante do encontro tedioso que durou o dia inteiro.

Se Taehyung estivesse lá, puxaria suas orelhas e lavaria sua boca com sabão.

— Como assim nunca esteve lá? — o rei questionou com o cenho franzido em descrença. — Sua mãe nos disse que sua temporada de férias foram apreciadas em uma pequena casa de campo em frente ao lago.

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