the medicine is loved

Capítulo 3

Roberta digitava rapidamente em seu notebook, sentada na cafeteria que se tornara um de seus lugares favoritos no mundo. Ao seu lado um cappuccino com doce de leite e um pedaço de torta de frango, seu pedido de sempre.

-Eca! Jura que vai continuar misturando salgado e doce?  -Lisa respondeu puxando uma cadeira e se sentando – Isso parece desejo de gravida!

-Então estou gravida a anos, Lisa! –Roberta riu fechando o notebook. – Como você está?

-Sempre bem, minha cara amiga! Com saudades do tempo que minha amiga não trabalhava tanto.

-Sempre dramática, sabe que estou aqui! Mas me conta, como estão os preparativos para o casamento? –Lisa iria se casar, depois de cinco longos anos namorando, ela e Daniel decidiram dar mais um passo no relacionamento. –Está cada vez mais perto!

-Graças ao bom Deus, eu não aguento mais esperar! Mais alguns detalhes e está tudo pronto, serei uma jovem senhora como você! –Elas riram.

- A minha vida de jovem senhora é para poucas, querida! –Roberta brincou. –Estou ansiosa para ver minha melhora amiga de noiva.

-Obrigada por estar aqui, Beta! Não sei o que faria sem você, exemplo de jovem senhora, quase uma velha senhora.

-Lisa!

-Mas é. Está sempre nessa melancolia, vamos viver –Lisa disse sorrindo- vamos fazer uma viagem de última hora e tomar decisões erradas, somos jovens!

-Eu gosto da minha vida melancólica, obrigada! –Beta disse também sorrindo.

-Ok, senhora! Não falo mais nisso!

As duas conversaram mais um pouco e minutos depois cada uma seguiu pelo seu caminho. Era uma boa amizade.

Théo havia comprado flores para Roberta, passou na floricultura e escolheu a que mais lembrava sua esposa, lírios brancos. Théo havia demorado para conseguir quebrar a barreira defensiva que Roberta tinha, eram bons amigos, e foi inegável quando essa história virou amor.

Ele trabalhava próximo ao apartamento em que viviam, não foi difícil levar as flores e deixa-las em um lindo vaso em cima da mesa, sabia que Roberta ia gostar.

Rapidamente voltou para seu local de trabalho aonde as coisas iam muito bem, estava prestes a receber uma promoção, trabalhava duro para que sua carreira fosse de sucesso.

-Atrasado, Théo! – Rafaela riu baixinho. Ela se sentava em uma mesa ao lado da de Théo, era uma jovem comunicativa e cheia de vida.

-Não tanto! –Théo brincou.

-Deixe-me adivinhar, se atrasou fazendo o café da Robertinha? –Ele tinha que admitir que Rafaela era mesmo inconveniente em determinadas situações, principalmente em assuntos pessoais. Continuou seu trabalho ignorando a última fala de sua colega.

Roberta teve um bom dia, estava feliz naquele final de tarde e muito animada. Ao chegar em casa se surpreendeu com os lírios que Théo deixou na mesa.

Ela sorriu, que alegria ela sentia por ter aquele homem. Se direcionou ao banheiro e tomou um banho quente do jeito que gostava, se trocou colocando uma roupa confortável e fresca e ligou a televisão colocando em um caso criminal aleatório para assistir. Seus gostos eram peculiares.

Roberta acabou cochilando, estava cansada e não resistiu. Alguns minutos depois ela acordou um pouco tonta, estava sentindo sua barriga revirar, tentou olhar em volta para ver se Théo havia chegado, mas o tempo foi curto, em segundos correu para o banheiro e vomitou tudo o que havia comido aquele dia. Sentiu suas pernas fracas, e estava soando, vomitou novamente e sentiu uma leve queimação em seu estomago.

Lisa estava certa, ela não deveria ter misturado doce com salgado.

-Droga... –Sussurrou.