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Há dias na vida ao qual me procuro demais nos trejeitos alheios, nesses dias eu pergunto:
"Quais partes de mim sou eu e não a ideia de mim?" E quase nunca sei responder. Muitas dessas vezes me sinto tão mais perdido na parte do "quem sou eu?", que esqueço de analisar profundamente quais são as ideias de mim, e começo a divagar. E até mesmo, desligar.E não sinto nada.
Pense: qual parte de você é algo além de uma ideia dos outros sobre você? De primeira é confuso mesmo e até estranho: a ideia que sabermos quem conhecemos acabou de ser descoberta e ainda está na fase de negação e aceitação. Já vi pessoas que eram tão idealistas, que de repente deixaram de ser si mesmas por completo pelo resto da vida por coisas assim. Acho que se eu não fosse nada, nada além de mim mesmo sem a ideia dos outros, ninguém olharia para mim na rua porquê não me reconheceriam.
De alguma forma, eu não seria eu por completo.Praticamente tudo do eu que não é apenas uma ideia, não pode ser exposto. Obviamente, os motivos, que são muitos, variam entre reações negativas até demais em relação a minha personalidade até outros que não merecem ser citados sem levar a uma prisão. E se a minha versão sem idealismos existisse, eu não teria nada além de tempo.
"Quem sou eu?" é uma frase estupidamente comum de ser pensada, representando o primeiro passo humano no desconhecido do ser. Ainda sim, acho que após os momentos de pânico sob a liberdade, das hipoteticamente loucuras alheias, teríamos um pouco mais de paz comum. Tenho consciência de que, teríamos também com absoluta certeza uma extrema angústia geral. E essa angústia, seria aquela que fingimos não sentir. Assim, como também teríamos nossos momentos seguintes de alegria genuína que não são possíveis descrever. Sim, acho que de algum modo esdrúxulo estou descobrindo mais uma nuance dessa liberdade leve e também um medo avassalador que se tem diante de uma revelação que fará tudo não ser como antes.
Jimin tem razão às vezes, acho que teorizo tanto as coisas que até incluo meus sentimentos nisso. Logo, eu não sinto, e ele em sua imprevisível forma de sentir por nós, me faz ver que estou mudando e tentando sentir, esse talvez seja o primeiro relance de um outro sentimento, da outra versão minha.
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seven
Short Story"Por que o céu é azul?" Uma coleção de 7 contos que se mesclam através de perguntas, perguntas tão simples quanto por que o céu é azul?