11.Vamos para sul quando deveríamos ir para oeste

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P.o.v. Bianca di Angelo

Acordei com a incrível notícia que uma das caçadoras estava incapacitada. E graças a minha sorte essa caçadora era Febe.

Aparentemente os irmãos Stoll, do chalé de Hermes. Borrifaram sangue de centauro na parte interna de uma camiseta que presentearam a menina no dia anterior e isso causou uma enorme reação alérgica. Eu e Zoë deixamos o chalé oito com Phobe (a melhor curandeira da caçada) prometendo que faria o melhor para que Febe melhorasse o mais rapidamente possível.

Depois do incidente com a múmia perguntei o que aconteceria se alguém não cumprisse uma profecia e a resposta foi "coisas ruins acontecem". Reconfortante, não?

De qualquer forma Zoë disse para não me preocupar. "A profecia disse que perderíamos um. O acampamento tem limites mágicos. Nada, nem mesmo as condições meteorológicas, entra sem permissão. Poderia ser uma terra ressecada." foi o que ela me disse, mesmo que nem ela mesma parecia estar convencida dessa resposta.

Assim como o planejado a primeira luz da manhã eu, Zoë, Thalia Grace e Grover Underwood partimos do acampamento meio-sangue em uma van. Quíron disse que Argos (um gigante com cem olhos, segurança do acampamento) poderia nos levar até a estação rodoviária de Manhattan e depois disso, estaríamos  por nossa própria conta e risco, mas Zoë insistiu para que ela dirigisse. Zoë aparentava ter fisicamente 14 anos, mas era preciso uma breve conversa com ela e possuir o mínimo conhecimento sobre a caçada de Ártemis para saber que a menina com certeza não tinha realmente essa idade.

Depois de Quíron desejar sorte para o grupo, partirmos pelas estradas rurais de Long Island. Eu estava no banco do passageiro, Zoë dirigia ao meu lado, Thalia e Grover estavam sentados no banco traseiro. Grover analisava um grande mapa enquanto dava instruções (ele disse ter uma espécie de feitiço que dizia que deveríamos ir para sul.SUL?!) e Thalia observava o caminho pela janela soltando um ou outro comentário (na maioria um que irritava Zoë e as duas começavam a discutir e Grover e eu tínhamos que intervir).Cerca de uma hora e meia depois entramos em Nova York. De acordo Grover o trânsito estava ruim por causa do feriado. A manhã já ia pelo meio quando chegamos à cidade. Continuamos  na direção do Túnel Lincoln.

Passamos por New Jersey rapidamente . Zoë seguia para o sul como uma louca seguindo as ordens de Grover, e já estávamos em Maryland antes que ela finalmente estacionasse numa parada, para descansar.

Assim que paramos fomos até a loja de conveniência mais próxima, pedir informações, usar os banheiros e comprar lanches. Demoráramos poucos minutos lá dentro.

-Grover, você tem certeza? — indagou Thalia.

-Bem, quase absoluta. Noventa e cinco por cento. O.k. Oitenta e cinco.

-E você fez isso com bolotas de carvalho? — perguntei sem acreditar.

Grover pareceu ofendido.

-É um feitiço de rastreamento consagrado pelo tempo. Ora, estou bastante seguro de que fiz tudo certo.

-Washington, D.C., fica a cerca de cem quilômetros daqui — falei.

Washington...Washington.

Me veio uma breve lembrança dos meus pais, os gêmeos e eu morando eu uma grande e bonita casa ali.

-Nico, Stella e eu...Nós morávamos lá. Que... estranho. Eu tinha esquecido.

-Não gosto disso — afirmou Zoë. — Devíamos ir diretamente para o oeste. A profecia disse oeste.

-Ah, como se suas habilidades de rastreamento fossem melhores... — grunhiu Thalia.

Di Angelo | A maldição de AtlasOnde histórias criam vida. Descubra agora