Eai gatinha?

9 0 0
                                    


Manu.

- caralhoooo- grito com o travesseiro na boca. São 7 horas da manhã, e a minha mãe ta me chamando, hoje é domingo. Qual e a necessidade de me deixar dormir?
Levanto bufando de ódio, e abro a porta.

- senhora mãe?- digo ríspida
- bora arrumar a casa, tua tia ta vindo pra cá.- ela reponde com a cara de poucos amigos.

Esqueci de me apresentar, meu nome é emanuelly, mas eu prefiro manu, eu tenho 16 anos, eu moro com meus pais. Sempre foi assim, eu ajudo minha mãe com a casa, e meu pai vai trabalhar. Não somos ricos, mas temos uma boa condição.

Começo arrumando meu quarto, ja que minha tia toda vez que vem pra ca, fica nele. Depois de quase uma hora, termino de arrumar a casa. Vou tomar um banho, ja que eu to suada e fedendo.

- vai ai na vizinha compra sal.

Assim como a mamãe mandou eu vou, logo quando eu vou saindo na porta, eu vejo os meninos da boca. Sim. Tem uma boca em frente a minha casa. Não vou negar, eles são um pedaço de mal caminho, todos eles, sem exceção, mas um deles, cara aquele garoto é tão gato. Ele tem cabelos grandes e cacheados, ele é loiro, e forte. E tudo de bom. Vinnie, vinnie e o nome dele. Ele é bastante amigo da minha irmã, conserteza eles ja ficaram. Um dia eu fui dormir la na casa dela, e ele tava la, ele também ia dormir lá. Quando a gente acordou no dia seguinte, eu deitei la no colchão no chão, minha irmã tinha saído, e ficou só eu, ele e meus sobrinhos, ele deitou com a cabeça em cima da minha bunda, eu finge não ver nada. Isso foi o contato mais próximo que eu já tive com ele.
Saio dos meu trase, e vou comprar o sal.

- eai gatinha?- escuto aquela voz rouca soar atrás de mim. Me viro lentamente e vejo ele vindo em minha direção.
- eai.- respondo.
- ta tudo bem com você princesa?- ele sempre me chama assim toda vez que me ve.
- ta sim, e com você?
- tô ótimo.

- aqui ó, o sal- a moça da taberna fala.
- obrigada vizinha.- eu digo pegando o sal da mão dela.

- tchau vinnie.- eu digo indo embora
-tchau princesa.

       Chego no portão de casa e bato o cadeado

- aqui mãe, o sal.- falo colocando o sal em cima da mesa.

        Minha mãe e legal, mas eu tenho muitos problemas com ela. Ela quer que eu seja a garota perfeita, mas eu não sou. E eu me cobro muito por isso.

- oi tia benção, tudo bem com a senhora?

- deus te faça feliz, eu to como sempre, com dor nos meus braços dor em tudo que é canto.- ela sempre fala isso.

- já tomou remédio? - ela confirma- então vai passar.

             ...........Mais tarde..........

Minha tia ja tinha ido embora. Agora so estava eu minha mãe e meu pai assistindo tv. Até escutamos um barulho muito alto de moto. Eu que não sou nem um pouco fofoqueira fui olhar na brecha da janela. Quando olhei me deu um negócio que me arrepiou todinha. Eu tenho um certo trauma de polícia, mas mesmo assim eu enfrento eles. Louca eu diria.

- o que foi isso.- minha mãe pergunta.
- e policía.
- fecha la a porta de trás.- meu pai diz.
Na minha casa tem duas portas de entrada. Minha casa e metade no quintal da minha vó e a frente dela é em uma invasão.
Vou caminhando lentamente até a porta de trás que e no quintal. Ja posso ouvir meu cachorro latir que nem desesperado. Vou caminhando devagar até a porta, quando chego perto pego um susto com quem tava lá.

- puta que pariu, quer me matar menino- falo com os olhos arregalados.
- calma princesa, tá devendo?
- não. O que você tá fazendo aqui?
- tentando me esconder dos pelas...
- na porta da minha casa?- pergunto com os olhos semicerrados.
- por que? Não pode?- ele pergunta com certa ironia na voz.
- seria muita burrice não? Por que conserteza eles viram aqui no quintal...- ele pareceu se tocar do que eu tava falando.
- então quer dizer que você se preocupa comigo?- perguntou com um sorriso de canto. Que pelo amor de Deus! Que sorriso lindo.
- não, só não quero que achem que a minha familia e cúmplice.
- ta bom então princesa, é melhor eu ir então. Te encontro por ai. - ele sai e pisca pra mim.
Entro em casa novamente mas dessa vez fechando a porta. Não sei como a minha mãe não ouvi a conversa, pois eu falo muito alto.

- demorou, o que tava fazendo?.- minha mãe perguntou me assuntando.
- nada, só fui no banheiro.- respondi. A minha mãe não pode nem sonhar que eu to tendo algum tipo de contato com algum menino da boca. Se não ela morre e me leva junto. Ou pior, ela me expulsa de casa, e meu pai me da uma pisa de perna-manca.
- atah.- ela me olha meio que desconfiada.
- mãe, eu posso ir pra casa do tio Monteiro amanhã?-
- pra que?
- os meninos vão pra lá amanhã, e eu queria passar o dia com eles.
- atah, ta bom. Então me liga quando chegar lá.
- tá bom, vou dormir agora, amanhã eu tenho aula, e também por que eu to com sono.
- ta bom, deixou o celular lá na sala?
- sim deixei mãe.- minha mãe tem uma regra em casa, que é assim: Não levar o celular pra dentro do quarto na hora de dormir .
- benção mãe?
- Deus te abençoe.
Vou caminhando até a sala dar boa noite pro meu pai.
- benção pai?
-Deus te abençoe.
Vou direto pro meu quarto. Entro e tranco a porta.
- boa noite gente.- grito alto para que meus pais possam escutar.
- boa noite. - eles responde em uníssono.
Hoje foi um dia bem cansativo, eu vou conseguir dormir logo. Me pego pensando em vinnie, e como ele é bonito. Mas ele é comprometido, eu mesmo ja vi ele com a namorada dele. Ela é uma loira, branquinha dos olhos azuis, ela e bem perfeita. E pelo que eu soube ele é extremamente apaixonado por ela. Teve uma vez que ele até brigou por ela na rua. E olha que ela tava traindo ele. Como eu sei disso? Como uma boa fofoqueira eu descobri. Jogo esses pensamentos pra longe, e me concentro em apenas uma coisa. Dormir...

——————————————
Oi gente, esse foi o primeiro capítulo da fic, espero que vocês tenham gostado

Mente criminosa Where stories live. Discover now