Capítulo 3 - Sonhos Indesejados

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Tomás

Acordei com uma briga matinal do senhor e da senhora Ferreira, então resolvi descer para ver porque eles estavam brigando agora. Quando cheguei no andar de baixo, meu pai estava sentado na mesa comendo, minha mãe estava gritando sobre o comportamento da minha irmã no seu ouvido, e Ranya estava apenas vendo os dois discutirem.


-- Pelo amor do santo Deus Esperançam, ela é sua filha porquê você pega tanto no pé dela? Até parece que você nuca foi adolescente. – Meu pai falava.


-- Sim já fui, mas Valério...—minha mãe tentou dizer alguma coisa antes de eu interromper aquela briguinha sem noção dos dois.


-- PELO AMOR DE DEUS MÃE! Não tem como parar de gritar um pouquinho? São 6:30 da manhã. – Falei interrompendo a briga dos dois do meu jeito debochado.


-- Olha o tom! – Como sempre o senhor pastor sempre tentando me disciplinar mais uma vez.


-- Perdão senhor pastor, opa! Senhor Ferreira. – disse com um tom de deboche para tentar tirar a paciência dele.


-- Se falar "senhor pastor" mais uma vez eu vou...— Eu o interrompo com raiva pois já sabia o que ele pretendia com aquilo, que era me amedrontar para que eu entrasse no eixo novamente. Mas eu não caio mais nisso.


-- Oque? Vai me bater? Não se esqueça que você é um homem de Deus. —Continuei com minha confiança e deboche.

Assim que falei isso Ranya saiu como se não quisesse está ali.


Assim que minha irmã saiu, meu pai se levantou indo em direção a porta.

-- Já chega! Não tenho paciência para aguentar as suas provocações e nem os gritos sem fundamento da sua mãe. EU SÓ GOSTARIA DE TER 1 DIA NORMAL NA MINHA VIDA, SEM QUE NENHUM DOS DOIS VINHESSE ESTRAGAR! – Ele falou e saiu.


Virei para a minha mãe e ela valou:

-- Sempre isso, todo santo dia. Ele sempre ignora tudo o que ela faz, e com você ele joga milhões de sermões diferentes. Mas vamos esquecer isso e as malcriações da sua irmã e comer. – Ela falava no começo com raiva e depois aliviada, o que me deixou irritado.


-- Onde está o Guilherme? – perguntei

-- Não sei, provavelmente já foi para a escola, sei lá. – Ela falou sem nenhum pingo de interesse.


-- Como assim? Você não sabe onde está o seu filho? Não tem nenhum interesse? – perguntei indignado com aquilo.


-- Você também vai me encher o saco? Qual o problema? O garoto deve ter ido para a escola. – Ela falou com raiva e desinteresse e depois saiu para a cozinha. Eu fiquei com raiva e subi as escadas pois já imaginava o que deve ter acontecido.


Abri a porta do quarto de Guilherme e o encontrei deitado em sua cama, ainda de pijama, enrolado no cobertor. Já fazia 1 semana que ele não ia para a escola. Eu não sabia o motivo, Guilherme não queria me dizer, mas decidi não o forçar.

Família em ProblemasWhere stories live. Discover now