A música tinha certos erros, vinham alguns certos e outros não. O erro era constante dando a entender que quem tocava ainda estava aprendendo, o som ficava cada vez mais alto em seus ouvidos.
Mais de qual direção vinha? Ele não sabia.
Conseguiu identificar que era uma canção infantil, estava sendo tocada em um piano.
Alguém tocava desajeitado, havia hesitação e um certo toque de medo de errar as notas. Em seguida houve um silêncio e logo em seguida a mesma canção voltou a ser tocada.
Porém mais delicada e suave, uma canção que trazia boas lembranças para si, que o relaxava.
Logo em seguida o toque no piano parou novamente, e a mesma pessoa que tocava antes voltou. Mas agora tocava com mais vontade, erravam algumas vezes mas estava melhor.
De repente começou a rir e bater palmas alegre, era como se quisessem demonstrar sua felicidade para o.... ele quem?
Seu pensamento se rondou em confusão, quando percebeu que estava no colo de uma garota mais velha que ele.
Ela não tinha rosto. Entretanto ele a conhecia, a mesma tinha cabelos castanhos escuros organizados em dois coques em sua cabeça, parecia chifres em formato de coxinhas. O pequeno riu batendo palmas novamente.
Olhou para o lado, viu quem tocava o piano era um garoto. Mais velho que ele, porém mais novo que a garota, também não tinha rosto, sabia que o conhecia.
O garoto parecia estar sendo instruído, estava sendo ensinado a tocar piano, quando olhou para a pessoa que ensinava a tocar piano, era somente uma bela moça com vestes brancas.
O rosto ele conseguia vê, não sabia porque mais conseguia. A moça olhava para ele com um sorriso no rosto.
"Crianças! Hora de ir."
Era a voz de uma mulher de fora do cômodo, o pequeno garotinho se apressou a sair do colo da garota e correu para a porta. Conseguiu ouvir a risada das outras duas crianças, mas não conseguiu ouvir o que falaram.
Quando se virou para se despedir da moça, a mesma lhe lançou um olhar sereno.
"Hora de acorda, meu querido Ever"
Seu corpo despencou rumo à escuridão, o ar sumiu de seus pulmões. Já não sabia como respirar, uma forte luz branca atingiu seu rosto.
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Uma Memória Anterior
FanficForever nunca se sentiu parte da família, sempre soube que havia algo de errado que não pertenciam aquela família. Nem sentia se era realmente irmão de Baghera, não tinha memórias ou lembranças de uma infância com Baghera. Tinha algo de errado. Agor...