Prólogo: Contagem de capítulo I.

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Levi se preparava para seu primeiro trabalho após ter retornado de longos três anos servindo o exército. Pequenos conflitos causavam discórdia nas fronteiras do seu país, Paradis, onde o país vizinho, Marley, lutava em busca de mais território. Com a bandeira branca levantada por parte dos marleyanos e um tratado de paz sendo elaborado, uma trégua foi imposta e muitos soldados — a maioria esmagadora alfas — foram liberados para voltarem para suas casas após passarem por médicos e por algumas sessões de psicoterapia para tirar todo o estresse e tensão presentes no campo de batalha.

Entre esses soldados, Levi foi escolhido também. Após passar por todos os especialistas, retornou para a casa, sendo muito bem recebido por sua mãe, Kuchel — uma ômega —, e sua irmã caçula de dezesseis anos, Mikasa — uma alfa. Morava em uma pequena cidade litorânea chamada Maria, onde todos se conheciam e eram muito unidos.

Naquele dia, estaria voltando a fotografar e filmar casamentos — coisa que fazia antes de ser convocado pelo exército — junto com Hanji, sua melhor amiga beta. Havia estudado com a morena desde o ensino fundamental e resolveram montar uma parceria que atendia a cidade e a região.

Havia dado certo e, ao que tudo indicava, Hanji tinha uma boa agenda e agora que Levi havia voltado as coisas não seriam mais tão corridas.

— Você tá bonitão. — Mikasa falou ao parar na porta do quarto do irmão. — Mamãe, acho que Levi tá em busca do amor da vida dele. — Ela gritou e Levi ouviu uma risada vinda da sala de sua mãe.

— Mika, o dia que Levi aparecer com alguém aqui compre um guarda-chuva de Adamantium, porque choverá canivetes. — Ela brincou enquanto assistia um filme na televisão.

Levi revirou os olhos enquanto se olhava no espelho. Estava todo de preto — algo normal e que sempre vestia quando ia para eventos como casamentos — e ajeitava o cabelo no penteado de sempre. Usava uma calça jeans e uma camiseta lisa, nos pés usava um coturno da mesma cor das roupas. Gostava de preto, achava que a cor valorizava seu corpo.

— Muito engraçadinhas. — Ele falou saindo do quarto, sendo acompanhado de uma Mikasa em sua cola.

Levi havia esquecido a sensação de estar cercado pelas mulheres da sua vida e ela era ótima. Sua mãe, Kuchel, sempre amorosa e calorosa era professora particular de literatura e gramática, dando aulas particulares para vários adolescentes e crianças na varanda da casa onde moravam. Sua irmã, Mikasa, era uma aspirante da culinária e vivia inventando "moda" na cozinha — era assim que Levi se referia sempre, desde que a mesma começou a cozinhar —, além de ser uma amante de livros de romance, assim como sua mãe e assim como o próprio Levi.

Por Kuchel ser professora de literatura, criou os dois filhos com a cara nos livros dizendo que aquilo seria o melhor para ambos e que treinaria a imaginação, transformando-os em amantes dos mais diversos tipos de romance.

Os três sempre se deram bem e eram muito unidos. Enquanto Kuchel lecionava na escola há anos atrás, Levi cuidava de Mikasa com muito zelo e carinho e isso os deixou praticamente inseparáveis. Sobre o pai... Levi não preferia nem se lembrar que tinha um.

— Tá gato mesmo. — Kuchel virou-se para o filho que parou no batente da porta. — Esqueci de perguntar, você vai trabalhar no festival da cidade semana que vem? Soube que o prefeito pediu ajuda dos soldados que voltaram e dos policiais para carregarem algumas coisas e ajudarem na organização. Se bem que isso é o que? Dez homens só? — Ela pareceu pensar um pouco e depois voltou a atenção para o filme.

— Sim, irei trabalhar. Hanji disse que não tem agenda para aquele dia, ela ama esse festival. — Revirou os olhos, indo até a cozinha logo ao lado para pegar um copo de água e voltou para a sala. — Vingadores: Ultimato de novo, mãe? — Ele perguntou.

O MILAGRE (ERERI - RIREN + OMEGAVERSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora