capítulo 4

63 1 0
                                    

     Um título da minha garota:

     "Eu estava cansado naquela época, estava cansado de ser o cara que sempre errava na hora de se apegar ou apaixonar.
Eu estava cansado de ser o tipo que ficava gay e todo romântico e até fiel com alguém que eu mal tinha começado a conversar.
Quando isso acontecia eu jurava amor eterno no inverno, eu não era intenso ou de verdade, meu coração de gelo quase não se derretia, até que o verão chegava.
Mas aqui estava eu mais uma vez jurando amor no inverno, no inverso, sobre a luz da lua como um cão de rua.
Mas agora aqui estou eu querendo a mesma mulher em plena primavera, e em verão, o outono não me parece uma ideia ruim."

     Meu lado feminino se manifestado:

     "Acho que quando eu comecei a escrever eu era novo até demais, não compreendia como isso era forte e poderoso.
Era como se eu flutuace entre linhas e letras que em certos momentos se perdiam por que eu não podia realmente manifestar aquilo que eu queria ou podia dizer.
Me falta as palavras para expressar como que a ciência e os conhecimentos em gerais são algo importante, me faltava fôlego para gritar como que se expressar de formas diversas era importante.
Como filmes e desenhos animados poderiam dizer de uma forma ainda mais coerente e explicativa do que um ditador diplomata com gravata e que fala empregado sem saber o que diz.
Um texto elaborado não é exatamente o que se diz por essencial. Assim como todos nós erramos e temos mil formas de falar em nossa língua portuguesa, agregar outras falas não é incoerente.
Mas aí que está, quando estamos falando em terceira pessoa fica difícil de dizer nossa própria opinião,  e quando falamos de linguagem não podemos nos dar o luxo de opinar, pois cada cultura é uma, e cada estado, país, cidade e município tem uma forma de gírias.
Se manifestar e ter liberdade de expressão é isso.
Ter o poder de poder falar."

    
     Fala pra mim:

     "Supreme
Se diz ser supreme enquanto vivo num filme de suspense, Nem sentem que no hit, sou enlouquente, nesse ritmo.
Eu rimo quente, enquanto eu vivo
E eles nem sentem o quanto eu sinto.

Percebe que sou mais que um delinquente?
Estou vivendo a vida de matrix
Dominando ibiracity, desde 2008 e já estamos em 2000 e 21
Sem chilique.

Tipo sayajim.
Eu tô na casa do Dani com os menin
Tamo eu, Vitale, FH e Vitz.
Fazendo bits
Nem me envolvi
Mas escrevi.

Fumando um verdin
Relaxam assim
E cantando sem fim
Só anotei pra lembrar,
Daquela noite em ibira,
Onde eles trampavam na música sem parar
E eu só sentava pra observar.
Gostava de escutar, os meninos improvisar.

E eu escrevendo no meu bloco de notas
Pensando nas de onça,
Sem ter que lavar a louça, comprando uma secadora
Vivendo a vida de Madona.

Me traz esse gin
Colar de prata nada finin
Meu cachimbo da paz bem verdin
Sem os cana pra encanar no Arthur Alvim."

     Bake:
  
     "Eu entendi que quando eu tava lá
Com medo de tremer na base
Eu tive o meu apoio

Droga nois tem de monte, e negativismo dos monte.
Mas pra quem quiser peitar no bonde,
Tenta trombar com nois seis não pode.

Mix nois tem de monte
E nois vai contando os do boldo
Separando o trigo do choio
E sentando a vara nas maldosa.

Ela sabe que se a vibe bater
Ela vai ter que aguentar
Andei no show, de all star eu vou chegar.
E nas estrelas vou mirar.

Pensando alto eu vou jogar
Tenho meu preparo pra ganhar
Anos de rua e livros pra mente afiar
Literatura é cultura
Educação é pra crescer,
Eles querem que a ignorância venha a prevalecer
Pra manipular a massa
O governo não passa as informações de suas farsas.
Colocam pó na cara, joga o dinheiro na lata
As ruas eles nem asfalta, e a saúde fica escassa."

Pensamentos soltos de um cão de ruaOnde histórias criam vida. Descubra agora