Neste sofrimento infinito

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Absorto em gigante desespero

No meio da penumbra urbana

Assim eu corri em total ofegância

Aquele monstro não parava de me perseguir

Não tinha olhos, era repleto de bocas

Correntes grossas abraçavam seus magros ombros

No lugar das pernas, haviam braços

Que bizarra criatura era aquela?

Os calafrios continuavam a mexer com meus sentidos

Os gritos daquilo eram estridentes

E seus passos, de tão pesados, causavam altos ecos

O pavor me consumia por completo

Eu já não suportava mais correr

Estava recluso, sem esperanças

Neste sofrimento infinito

*Caro(a) leitor(a), não esqueça de ler de baixo para cima.

Devoratus - A Loucura em VersosOnde histórias criam vida. Descubra agora