Joseph

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Em uma cidade em que se você é pobre, desempregado e não faz parte das famílias da elite ninguém liga para você. Se você cair morto na rua a polícia lhe chuta cadáver . Hospitais atendem somente quem tem dinheiro para pagar o tratamento. Está doente? Que pena ,prepare-se para morrer.Tudo nessa cidade envolve dinheiro. Se um milionário mata alguém ele paga a polícia e sai ileso sem pagar pelos seus crimes.
O céu está com nuvens cinzas carregadas de chuva. Mais um dia normal, pelo menos para Joseph. Que afiava suas facas planejando seu jantar " Quem irei matar dessa vez?" pensou Joseph.
Joseph encontrava-se em seu porão, com cheiro podre de carniça, a mesa e o chão tinham manchas vermelhas. No chão largado em um canto uma coisa que aparentava ser um pé decepado. Em um pote de vidro olhos em conserva.

— Senhor, você tem visita. Gritou Xavier do andar de cima.

Joseph tirou seu avental manchado de sangue e subiu em direção a sala de visitas. Tudo naquela sala foi milimetricamente organizado, bem no centro da parede um quadro que devia ter sido pintado por um pintor renomado.

—Que bom vê-lo aqui ministro. Falou Joseph dando um sorriso amarelo.—O que devo o prazer de sua visita?

— Queria saber se tenho seu apoio?Perguntou o ministro levantando para pegar o whisky na mesa ao lado do sofá.— Irei me candidatar ao cargo de prefeito.

—Mas é claro que tem. Joseph só suportava o ministro pois ele acoberta algumas acusações.

—Bom ,espero seu voto. Disse o ministro indo em direção à saída.

—Foi um prazer recebê-lo em minha casa.

Joseph voltou ao seu trabalho,sua nova tarefa era encontrar sua próxima vítima. As vítimas de Joseph eram pessoas que ninguém sentiria falta. Principalmente pobres, para ele pobres era uma classe inferior e insignificante.Ele foi para seu quarto para trocar de roupa. Pois um conjunto todo preto assim passaria despercebido. Joseph olhou-se no espelho e seus cabelos pretos caíam sobre seus olhos esverdeados. Pegou seu carro e dirigiu para províncias pobres da cidade atrás de uma vítima. Precisava imediatamente de um cadáver para produzir um manequim sob encomenda. É óbvio que o cliente não sabia que o material utilizado era um corpo de alguém. Joseph ficou conhecido como rei da indústria do manequim. Seus manequins cada um, um modelo diferente, cada manequim um cadáver. Joseph avistou seu alvo. Uma loira com olhos castanhos cor de mel. Por trás de toda sujeira havia uma bela mulher. Perfeita para o abate. Joseph gostava especificamente de matar mulheres. Ele se aproximou da mulher.

—Com licença?Perguntou Joseph — Gostaria de uma refeição?

—Não obrigada, sei bem o que o senhor quer, não vendo meu corpo por uma mísera refeição!

—As que resistem são as melhores. Disse Joseph arrastando a mulher para longe.

—Me deixe em paz!!! Exclamou. - Já lhe disse que não irei com você. Jamais dormiria com um homem como você!!

—Dormir comigo?

—Então o que queres?

—Saberá daqui umas horas.

Joseph jogou a mulher no porta-malas como um lixo. Ela gritava, mas os policiais que estavam por perto se fizeram de surdos. Mas quando um menino de dez anos passou na sua frente com as mãos no bolso, revistaram ele pelo menos três vez.
Joseph jogou a mulher no porta-malas como um lixo. Ela gritava, mas os policiais que estavam por perto se fizeram de surdos.
Ele chegou em sua casa , estacionou seu carro na garagem , pegou a mulher pelo braço e a levou para o porão. Por mais que ela tentasse escapar, ela não conseguia.. Ela gritava mas não havia ninguém para salva-la , Xavier tinha tirado o resto do dia de folga.

—Você sabe que essa tentativa de escapar é inútil?

—Pelo amor de Deus me deixe ir embora.

— Não posso , eu  preciso de você. Joseph amarrou a mulher na mesa.—Agora fique quietinha vai doer.

Ele pegou sua melhor faca e a cortar começou o braço direito dela. Ela gritava de dor , o sangue escorria pelo lugar que deveria estar o braço. Joseph lambia o sangue em suas mãos , ele deu uma pausa para colocar uma música. Ele colocou Rhapsody in blue sua favorita.

—Por que está fazendo isso ? Perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

—Ah, por favor não chore , assim estraga seu lindo rosto. Falou Joseph enquanto secava as lágrimas dela.

  A mulher continuava viva mas desmaiou de dor. Ele cortou seu outro braço e suas pernas. A mulher que sofrera com seus braços e pernas decepados finalmente morreu , até seus últimos segundos de vida ela sentiu dor. Enquanto a mulher sofria, Joseph sentia prazer por estar fazendo aquilo. Seu corpo todo formigava , em completo êxtase , matar para ele era como uma droga que o viciava cada vez mais que consumia. Depois de matá-la pegou seu corpo e colocou em um tanque de formol .Joseph foi para o banheiro tomar um banho estava todo sujo de sangue , conforme a água caia sobre ele o sangue se espalhava pelo chão do banheiro.
  A primeira vez que ele matou alguém foi quando tinha quinze anos , foi sua primeira namorada e sua primeira vítima. O motivo foi algo bobo puro ciúme , ele viu ela nos braços de outro. Para ele , ela pertencia somente a ele. Um relacionamento claramente tóxico.
  Joseph saiu do banho com a toalha na cintura. Com outra toalha secou seu cabelo, de toalha na cintura mesmo foi fazer o jantar.Pegou o pedaço de braço decepado da mulher e cortou em cubos também cortou alho e tomate. Foi até a geladeira pegar ketchup , mostarda e creme de leite.Cozinhou todo fazendo um estrogonofe de carne humana.
Depois de jantar foi por uma roupa, um short e uma regata. Deitou-se na sua cama e dormiu, todas as noites ele tinha o mesmo pesadelo. Seu pai dando chicotadas nas suas costas, seu pai batia até as costas de Joseph ficar cheias de sangue. Ele ainda havia a marca de chicote em suas costas.
O sol nem tinha nascido e Joseph já estava de pé. As 8:30 da manhã ele foi para a academia, quando voltou para casa sua regata estava grudada no seu corpo todo molhado de suor. Ele tomou seu banho e logo saiu novamente desta vez foi para sua empresa.

— Bom dia senhor, a senhorita Wanney está esperando você para a reunião. Disse Leslie lhe entregando uns documentos que precisavam ser assinados.

— Bom dia Leslie, já estou indo.
Quando ele entrou na sala lá estava uma das mais fiel cliente Wanney.

— Wanney é um prazer recebê-la em meu escritório. O que devo a honra?

—Estou aqui para fazer um convite para você.

— Um convite?

—Sim, irei lançar minha mais nova coleção.

Wanney era uma renomada estilista da cidade The Kills. Começou na indústria da moda aos 16 anos. Desde do começo teve patrocínio de seu pai. A filhinha mimada queria uma marca de roupa e o pai não podia dizer não. Nem talento Wanney tinha para fazer um croqui. Ela simplesmente roubava  as idéias de estilista pobres e iniciantes. Quem tem dinheiro faz o que quer.

—Será um hora comparecer ao seu evento.

—Papai acha que você vai me pedir em casamento no jantar de quinta.

—Diga ao seu pai que não pretendo pedir sua mão tão cedo, minha querida. Disse Joseph fazendo uma carícia no rosto de Wanney.

—Você sabe muito bem que meu pai não gosta de ser enrolado.

— Nós estamos destinados a casar antes mesmo de nascer, alguns dias ou meses não iram fazer diferença.

—Você tem razão. Disse Wanney encostando o rosto no peitoral de Joseph.

Aos pais de Joseph e Wanney haviam feito um acordo. Suas famílias eram aliadas, para realizar este acordo seus filhos foram prometidos um ao outro. Desde do útero Joseph já estava comprometido a Wanney.

O Maníaco Do ManequimOnde histórias criam vida. Descubra agora