Capítulo 33

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Philip

Depois de um final de semana agitado e cheio de surpresas, eu finalmente posso dizer: sou o cara mais feliz do mundo!

Sei que parece clichê, mas a Sarah é a melhor pessoa, e, finalmente, minha namorada.

Saber do passado dela e das feridas que carrega, me fez ficar ainda mais preocupado com a morena, ela sempre parece tão feliz, nem posso acreditar que passou por tantas coisas. Eu por outro lado, eu era um chato por causa da magoa que guardo dos meus pais, tenho muito o que aprender com a Sarah.

Depois desse final de semana e dos acontecidos, não quero desgrudar da Sarah nem mais um segundo, e não sabem como é difícil fazer isso no trabalho. Ela passa linda pela minha sala, todos a olham e fazem questão de cumprimenta-la, ela não faz ideia o quanto é amada, e eu sei que é impossível não gostar dela. Ela é gentil, ajuda as pessoas, uma líder nata, ama o que faz e sabe ensinar, não tem medo de errar e nem de arriscar, ela se garante e sabe que é maravilhosa. Uma confiança assim, inabalável, não é fácil de ter.

Depois de um longo dia de trabalho sugiro um programa mais a dois, com filme e comida para relaxar, e claro que uma massagem para ela.

Chegamos em casa, ela foi para o apartamento dela e eu para o meu. Sei que ela vai se arrumar e arrumar mais alguma coisa em casa antes de vim.

Aproveito e já coloco a água no fogo para ferver, enquanto isso, arrumo a casa por cima.

Ajeito às almofadas no sofá, esvazio a mesa de centro e coloco duas taças para o vinho, porque sei que ela ama.

Coloco o macarrão no fogo, mesmo sabendo que a água não estava no ponto certo.

Tinha menos de trinta minutos para fazer tudo, então vou tomar banho enquanto o macarrão cozinha.

Entro no chuveiro de cabeça e tudo sem hesitar. Lavo rápido o cabelo, e tomo uma ducha longa, não poderia demorar mas precisava relaxar meu corpo também.

Saio do banheiro me enxugando e tento adiantar as coisas.

Lembro do macarrão no fogo e corro para me vestir, desço em seguida apenas com a calça estilo moletom, sem camisa.

Escorro o macarrão e começo a cortar os legumes para o molho. Coloco no fogo e começo a mexer.

Ouço a porta se abrir e nem viro para ver de quem se trata. Sarah tem total liberdade em meu apartamento, desde que a Mônica morava aqui, as vezes ela esquecia de bater e já ia entrando, quando me via ficava toda vermelha, parecia um tomate. Gostava de fazer ela ficar assim.

- Entrando - ela fala. - O cheiro está muito bom.

Desligo o fogão e vou cumprimentar a minha namorada. Tão diferente falar isso. Mas um diferente bom, eu gosto disso.

- Espero que o gosto também esteja - digo enxugando as mãos em um pano que estava me auxiliando na cozinha.

Ela olha para mim e sorri. Ela estava de cabelo preso, o que era diferente, só a vi assim quando estava em nível de stress elevado no trabalho. Acho que é o jeito dela pensar melhor.

Vestia um short e uma blusa de manga curta e botões, com um sobretudo por cima com a estampa de coração combinando, e calçava uma pantufa fofa de coelho.

Minha namorada tem treze anos - ri do meu pensamento.

Ela pigarreia.

Percebo que estou a muito tempo a olhando.

Ela está corada. Percebo que não me olha nos olhos e desvia o olhar para os lados.

Vou até ela e a abraço. Ela faz um barulho, reclamando de algo.

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