XV - Fofocas no Jornal

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🌔

  Adrien voltou para casa após verificar se estava tudo bem com Marinette, não queria que nada acontecesse com ela, não queria que seu pai fizesse nada com ela.

  Ele conhecia bem Gabriel, um vampiro com muito mais de um século de idade, um dos "filhos" favoritos de Drácula, um vampiro com classe e educação, mas que enlouquecia ao ver uma mísera gota de sangue. Ele adorava atrair jovens mulheres bonitas o suficiente, ao seu ver, para ficarem com ele, se aproveitava delas e sugava todo seu sangue em segundos.

  Além do homem sempre provocar o filho em relação a tudo, fazia piadas de mau gosto e tocava em feridas que ainda não haviam sido completamente fechadas, como o assassinato de Bridgette. Adrien o amava e o considerava como seu próprio pai, mas tudo tinha um limite.

  Ao entrar em casa se dirigiu a sala, onde Gabriel estava sentado no sofá enquanto folheava um antigo álbum de fotos.

– Você chegou, finalmente. Sente-se comigo e veja essas velhas fotos comigo. – o mais velho disse, sem nem olhar para trás.

– Onde achou isso? – Adrien perguntou sentando-se ao lado do pai.

– No sótão, que aliás está uma bagunça. Você deveria se livrar de algumas coisas antigas.

– Sabe que não gosto que fique mexendo em minhas coisas. – ele disse sério.

– Pare de bobeira, só estava procurando por algo divertido. – o mais velho reclamou. – Veja, seu primeiro ano como vampiro. Eu poderia dizer que você mudou, porém seria uma mentira, já que você continua completamente igual. – ele riu debochado.

– Posso dizer o mesmo sobre você. – o loiro rebateu já sem muita paciência. – Onde você estava?

– Fui passear pela cidade, aproveitei para fazer uma refeição rápida. – Gabriel segurou o riso.

– Não me diga que você matou alguém?

– Eu não a matei, me transformei em um morcego e só consegui chupar um pouco de seu sangue. Pelo menos saciou um pouco de minha fome.

– Você não deve sair por aí atacando os outros, o senhor sabe que nos hospitais existem vampiros que nos fornecem sangue de qualidade.

– É por isso que está tão fraquinho? Você pede permissão para beber sangue ao invés de se exercitar caçando? – o mais velho riu, passando para a próxima página do álbum. – Não foi assim que eu te criei.

– Mas deveria ter me criado assim, teríamos evitando uma porção de problemas. – Adrien falou irritado.

– Ah, os velhos tempos. Você fez muita bagunça nos seus primeiros anos como vampiro, me dava trabalho mas você era mais divertido. – ele sorriu. – Veja, neste dia você matou todo o gado de um fazendeiro, acharam que era alguma doença que havia os contaminado. – disse apontando para uma das fotos.

– Não me orgulho desse dia, preferiria esquecer.

– E pouco tempo depois você decidiu se tornar um vampiro bonzinho, que não mata pessoas e poucas vezes usa seu poder para benefício próprio. E ainda por cima se apaixona por uma mortal. – Gabriel riu novamente, adorava provocar o filho.

– Não teste minha paciência e muito menos cite Marinette em suas provocações!

– Meu querido filho, desculpe pelas minhas ações, mas você não pode fazer muita coisa a respeito. Afinal, concordamos em não usarmos nossos poderes um no outro, e nós dois somos homens de palavras, certo?

– Certo. – Adrien bufou.

– Não seja um garoto mimado, sabe que não farei nada alarmante na cidade, não sou tolo. – o mais velho passou outra página do álbum. – E, não se preocupe, não farei nada a sua amada.

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