Conflitos de Uma Paixão

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No topo de uma colina se encontrava uma casa sob a luz do luar, era uma noite fria e podia se perceber a fumaça saindo da chaminé. Era uma casa simples, em um sítio não muito grande, mas acolhedor. Dentro da casa se encontrava uma mulher, por volta 20 anos, seu nome era Marlene. Ela olhava pela janela, com seus longos cabelos negros caindo pelas costas, seus olhos azuis e profundos concentrados na paisagem, dona de um corpo estrutural e definido. Ela tinha uma beleza indescritível, mas estava triste. Em sua mão se encontrava uma taça de vinho pela metade e algumas lágrimas escorriam pelo canto de seus olhos.

Sua tristeza vinha de lembranças de algumas horas atrás, quando podíamos vê-la com um grande sorriso no rosto, andando pelo sítio em meio as flores de mãos dadas com um homem moreno de olhos azuis cristalinos. Ele também se encontrava muito feliz, estavam juntos e isso era tudo que eles precisavam. Mas havia um problema, que fez com que toda a felicidade do casal desmoronasse e causasse a tristeza que agora a perseguia. Tudo desapareceu em segundos, como se nem houvesse acontecido. A jovem, que em um momento estava feliz, desmoronou com a triste notícia. O único homem que amava iria deixá-la e o único motivo que havia o levado ali era para contar a ela que havia decidido seguir a tradição de sua família... ele iria se casar com outra.

A mulher balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos do homem que havia roubado seu coração e depois o partido em pedaços, que trouxe a felicidade para sua vida e depois a levou de novo. Depois de horas sofrendo, Marlene havia decidido seguir em frente, deixá-lo no passado e seguir com a sua vida. Ela estava decidida a se fechar e não permitir que ninguém, ainda mais um homem, a machucasse ou a magoasse como Sirius havia feito. Ela secou as lágrimas decidida e se levantou, seguindo em direção a sala, onde depositou seu copo e passou a pensar no que faria. Perdida em pensamentos, seus olhos focaram em uma foto em cima da mesa de centro.

*

NARRAÇÃO MARLENE MCKINNON

Me inclino para pegar a foto e poder observá-la com mais atenção. Era uma bela foto, que havia sido tirada em um dia ensolarado, ali mesmo no sítio. O sol forte no céu, as flores abertas e cheias de cor, o campo verde e no meio de tudo isso nós estávamos abraçados com enormes sorrisos no rosto. Sirius estava lindo naquele dia. Ele é lindo, nada poderia mudar sua opinião em relação a isso.

— Marlene, pare de pensar nele! – falei para mim, como se me castigasse por pensar no homem que havia acabado de me abandonar para casar com a esnobe da Camile Adams.

Com a foto ainda em mãos, caminhei novamente até a janela e percebi que uma leve chuva havia acabado de começar. Meus olhos recaíram na foto novamente, não queria mais sofre por Sirius ou por homem algum... não sofrera novamente por amor. As lágrimas voltavam aos meus olhos, lembranças e memórias tornando tudo ainda mais difícil. Segurei a foto com força e, direcionando toda a raiva e tristeza que estava sentindo, comecei a rasgá-la ao meio, mas, antes que pudesse terminar o que comecei, um barulho chamou minha atenção. Me virei rapidamente, buscando a fonte do barulho e percebi que era a porta sendo aberta. Meus olhos estavam vidrados, na porta de madeira abrindo lentamente e a pessoa que passou por ela era a última pessoa que queria ver naquele momento. Era ele, Sirius Black, me fazendo perguntar o que ele fazia ali, a raiva e inquietude aumentando a cada batimento do meu coração.

— O que você está fazendo aqui, Black? – não me segurei e caminhei até ele, perguntando com raiva. – Você não deveria estar a caminho do seu luxuoso noivado com Camile Adams?

— Lene, me deixa te explicar o que aconteceu. – ele começou a falar, tentando se aproximar de mim, quando tudo que eu queria era empurrá-lo para fora.

— Depois de tudo que você fez, para você é Mckinnon, Black. – disse friamente, sem o deixar continuar.

— Só vai ser Mckinnon Black quando a gente se casar, meu amor. – brincou ele, com seu típico sorriso maroto nos lábios, na tentativa de me fazer vacilar como sempre, mas desta vez ele não conseguiria.

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