Visão do céu
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Os orbes azuis observavam curiosamente pela janela um pequeno cervo se alimentar de gramíneas no jardim. Ao passo que o vento acariciava suas madeixas douradas, um suspiro profundo sobressaiu de seus lábios róseos, fadigado demais pela espera que lhe acometia.
Os dedos inquietos remexiam-se sob a madeira da pequena mesa de centro enquanto uma pequena xícara de porcelana preenchida com chá de camomila esfriava brandamente ao seu lado. De repente, um baixo ruído toma conta do quarto ao que a porta é aberta sem sinais de delicadeza revelando a figura da rainha em seus trajes finos e elegantes, como o habitual. A expressão de seu rosto não trouxe muita tranquilidade ao garoto, que rapidamente arrumou a postura e a encarou com incerteza.
— Deseja alguma coisa, mamãe? — questionou sem compreender o motivo da presença inusitada, ela não costumava lhe visitar com muita frequência.
A mulher revirou os olhos como se a pergunta lhe incomodasse ou fosse tola o suficiente para gerar tal reação.
— Sim, desejo. — adentrou o recinto gesticulando para que a criada que se encontrava arrumando os livros na estante do Park mais novo se retirasse, e ela assim rapidamente o fez, trancando a porta atrás de si. — Como bem sabe, sua apresentação irá ocorrer em breve, sendo assim devo lhe repassar instruções.
Jimin tombou a cabeça levemente para o lado franzindo as sobrancelhas.
— Instruções? Todos os anos de minha vida foram dedicados a ensaiar para proceder com este momento. Creio que não preciso de mais instruções. — a nostalgia em seu tom fora carregada de uma pitada de tristeza em cada uma das notas. — Mas claro que se houver algum conselho seu a ser acrescentado, será bem-vindo.
— Não seja idiota, Jimin. — sua pouca paciência havia esvaido de vez. — Estou me referindo a sua união com o príncipe do norte.
Aquele era um assunto que havia evitado com tamanha dedicação que por vezes se esquecia completamente dele. Neste momento, a lembrança do compromisso selado com o alfa amargou sua boca, como ácido escorrendo por sua garganta.
Antes mesmo do pequeno Park ser gerado, uma guerra de anos se perpetuava entre os reinos mais fortes daquela época. Castlevania e Hinorfa eram inimigos mortais, os confrontos entre seus exércitos deixaram milhares de mortos e centenas de feridos ao decorrer da história. Havia caos e destruição na maior parte de ambas as terras, fazendo com que o confronto fosse visto a longo prazo, como um desperdício de dinheiro e armas. Sendo assim, em nove de julho do ano 6745, reunidos no congresso da Paz & Liberdade, o rei Park e rei Hyon assinaram um acordo de paz que findaria anos de sofrimento e morte. Para que o tratado fosse devidamente concluído seus descendentes haviam de formar uma aliança por meio do casamento e enfim consolidar a união das duas maiores potências.
— Oh sim, então é sobre isto. — acomodou-se na poltrona de cor vinho atrás de si, limpando o suor de suas palmas na calça de linho. — Prossiga.
— O príncipe Min-Hyo logo será coroado rei, então a união dos dois reinos será a maior entre todas as terras! — um sorriso malicioso riscou seus lábios por alguns segundos. — Seu pai e eu estamos felizes por finalmente poder comandar grande parte do norte, há tempos seus ancestrais ansiavam por tal momento.
Jimin não compreendia por que tanta ambição vinda de seus progenitores, eles já tinham tantas pessoas, terras e bens em seu controle que chegava a parecer desesperadora essa obsessão pelas províncias do norte. A ganância parecia flutuar ao redor de sua mãe, como uma aura escura.
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Castlevania
Fantasy[EM ANDAMENTO] O ano de 1890 foi marcado pela maior tragédia que os cidadãos de Castlevania conheciam: o desaparecimento do herdeiro da família real. Atualmente, o reino é comandado pelo Rei Park, que mesmo sendo uma boa pessoa aos olhos de todos a...