Traçados no amor

8.

15:00 da tarde, Sexta-feira.

DANTE

Nesses 2 dias desde o sequestro, não tenho procurado Helena, apesar de querer muito.

As coisas no departamento estão exigindo muita atenção, principalmente o atual caso no qual estou trabalhando. Até onde sabemos, se trata de uma organização criminosa responsável por tráfico de pessoas, que descobrimos no ano passado depois de receber denúncias anônimas em pequena escala, mas significativa.
Sr. Vissale se esforça ao máximo para manter o grupo de investigação trabalhando em anonimato, para que a família de ninguém seja envolvida, principalmente a dele.

Trabalhar nesse caso, não só vai me ajudar a subir oficialmente ao cargo em que quero trabalhar, mas salvar muitas vidas. Ainda não sabemos o número de vítimas, mas acreditamos que sejam muitas!

- Olha só pra isso! - Peter chega até mim, com papéis nas mãos.- Lembra que na última semana fomos encarregados de tentar descobrir qual seria aproximadamente o número de pessoas? - assenti com a cabeça.- Pois aqui está a lista!

Ele entrega na minha mão e eu vou analisando. Eram 3 páginas só de nomes! É uma lista extensa.

- Como já temos os principais suspeitos descobrindo a suposta pequena agência de modelos, não foi difícil descobrir o número de vítimas.

- Invadiu os dados através do site? - Dei um palpite, já conhecendo as habilidades de Peter e Lucas com a informática.

- Exato! Havia o cadastro de todos lá e como pode ver, é uma lista extensa. Espero que a gente consiga logo descobrir quem está no comando disso tudo. Não quero nem imaginar o que essas pessoas podem estar passando na mão deles.

- Eu também espero, mas acho que ainda estamos longe de descobrir, mesmo já tendo os suspeitos de trabalharem com ele ou ela.

Ele concorda um pouco descontente. Mas, verdade seja dita: uma organização dessa pode ter muito tempo de experiência nessa coisa toda, enfatizando que só viemos a descobrir tudo ano passado.
Podem ter pessoas trabalhando inocentemente na agência, que nem mesmo sabem o que tem por trás, só servindo de camuflagem pra esse crime todo e é isso o que nos atrasa na hora de ter mais convicção sobre as pessoas que, de fato, tem maiores chances de estarem envolvidas. Porém, nos dedicaremos para que isso seja resolvido.

- Entregue isso ao Patrick, é uma ótima atualização. - digo, voltando às minhas pesquisas.

- Já estou indo!

Peter chama Lucas e eles vão até o sr. Vissale. Eu havia de ter muita pesquisa pela frente e o fim de tarde ainda está longe de chegar.

HELENA

- Nossa, essa letra está ficando ótima, Lex! - elogio, depois de ler o que Alexia conseguiu até agora na composição de sua música.

- Acha mesmo? - assenti animada.- Eu agradeço! Mas, ainda está meio longe de ficar pronta. James foi de grande ajuda.

- Que bom que hoje estou de folga, assim posso te ajudar no que precisa.

- Verdade! - ela concorda.- Falou com as meninas?

- Falei de manhã! Elas devem estar em aula essa hora, ficaram de passar aqui depois.

- Estou empolgada para mostrar o que já escrevi.

- Amiga, essa música vai ficar incrível se continuar nesse ritmo! Continua nervosa pro concurso?

- Confesso que sim! Há alunos até mesmo de outras universidades se inscrevendo. Não é qualquer concurso, pelo que está parecendo!