♦️Seven Room♦️

1.Back to school

Gustavo:
Era apenas o primeiro dia de aula e eu tinha conseguido me atrasar, ótimo como se já não bastassem as provocações o professor ainda brigaria comigo.

Enquanto eu tentava entrar despercebido na sala de aula, o professor apresentava o aluno novo.

Ele tinha olhos cor de mel, cabelos lisos castanho e usava uma jaqueta de couro.

Eu não podia negar, ele era realmente gato, mais tinha cara de idiota, então eu só sentei em meu lugar esperando que o dia terminasse logo.

O aluno novo que se chamava Albert sentou-se no fundo, quase do meu lado, eu só estava querendo ficar na minha então tentei me concentrar na aula.

Mas depois percebi que o mesmo me encarava de um jeito inconveniente, ele parecia querer algo de mim, mas eu não sabia bem o que.

Os primeiros horários passaram se arrastando, e de tempos em tempos ele me encarava e eu curioso também, às vezes nossos olhares se cruzavam, mas logo nós desviamos o olhar para o quadro.

Finalmente o intervalo tinha chegado, e eu ingenuamente pensava que teria um pouco de paz, só então vim perceber o que estava prestes a acontecer.

-Olha se não é o gayzinho de merda, pensava que você tinha saído da escola teria sido bem melhor, assim você não contamina ninguém. -Disse Ruimar.

Eu estava tentando me manter em controle, até porque eu não ganharia nada me envolvendo em uma briga, então o novato começou a se aproximar.

-A então ele é gay? Por isso ele me encarava a aula toda, deve estar querendo me comer não é? Sinto muito, eu não gosto de homens. -disse Albert com um sorriso idiota na cara.

Naquele momento eu fiquei com tanta raiva que eu não queria mais saber das consequências.

-Vai se foder seu merda, você acha que pode falar o que bem entender pra mim e eu vou ficar calado?

Eu estava com tanta raiva que só saí da sala rápido e pisando fundo, não conseguia entender porque as pessoas tinham que ser tão idiotas?

Depois de um tempo no banheiro me segurando para não chorar, voltei para minha sala.

As aulas até que passaram rápido e finalmente eu estava livre para sair daquele inferno, estava planejando ir ao meu lugar favorito, até porque em casa não era muito melhor do que na escola.

Pedalei pelas ruas agitadas de Fort Lauderdale, em busca do meu cantinho da paz, a praia, eu amava acampar lá era um lugar calmo com muito sol e vista para o mar.

Adorava ler livros e desenhar ouvindo música com uma bela paisagem e os raios de sol batendo na minha pele, era uns dos meu pequenos prazeres da vida.

.

A noite caiu e eu só queria que o tempo parasse, ter que voltar para casa era uma coisa que eu realmente não queria, mas eu sabia que era inevitável.

Pedalei pela noite calma ouvindo música.

Cheguei em casa e foi só destrancar a porta que minha mãe já me esperava séria.

-Onde você estava porque não volto para casa? -Ela perguntava em um tom raivoso.

Era óbvio que ela não estava preocupada só estava com raiva porque a desobedeci, embora eu percebesse talvez um pouco de preocupação e tristeza em meu pai.

-Vá para seu quarto! -Ele disse.

Eu sabia que isso aconteceria, mas mesmo se eu tivesse chegado na hora eles teriam arrumado outra coisa para brigar.

Subi para meu quarto e com isso o mais um dia se encerrava.