O amor da minha vida ou O amor para minha vida

prólogo

clima estava chuvoso, as nuvens cobriam totalmente o céu, o vento batia nas árvores, as balançando de um lado ao outro.
    Eu estava no meu quarto, deitado na cama e algemado na cabeceira da mesma. Meus pulsos doíam, pois ja faziam horas que eu estava na mesma posição, na verdade todo o meu corpo doía pelas marcas de socos, chutes, que eu sofria do meu "namorado" diariamente. Eram tantas que era quase impossíveis de contar.

     A porta do quarto foi aberta, estava escuro, então não consegui ver de imediato quem era que havia entrado.
      Era Dylan, meu namorado. O mesmo estava com uma chave na mão direita, reconheço aquele monte de chaves de longe. Ele segurou uma chave específica, a chave das algemas que mantinham-me preso, então ele as destrancou.

— O jantar está pronto, venha logo antes que passe mal, o seu corpo ja é horrível, se você ficar mais magro que isso, não vai ter ninguém que te queira. — Falou Dylan num tom seco, um tom de desgosto ou até mesmo nojo. Era um tom svastico ao mesmo tempo— Não deixe eu vir aqui de novo. —

— Estou sem fome. — Disse com a voz um tanto falha.
      Ele apenas me olhou com desprezo, eu entendi aquele olhar. Mas eu não queria me levantar. Eu tinha medo, mas eu sabia que se eu não fizesse o que ele quer, eu iria sofrer as consequências mais tarde.
    Então, me levantei com dificuldade, e o segui me apoiando nas paredes. Meu corpo estava em seu limite, minhas pernas estavam bambas, eu quase não consegui me manter em pé.  Eu só queria fugir, para o mais longe possível, já são 8 anos que eu vivo assim, eu perdi 8 anos da minha vida com ele, eu já pensei em desistir muitas vezes; mas eu sei que se eu fizer isso, eu não vou conseguir foder com a vida desse desgraçado.

    Nós chegamos na cozinha, eu não queria comer, mas eu ainda sim me forcei. Eu tinha medo do que ele poderia ter posto naquela coisa que ele chama de comida.
     Dylan estava na sala assistindo algum programa de TV e como sempre estava bebendo. Dylan quando nós conhecemos era um rapaz delicado, atencioso, inteligente e eu n posso negar, ele era e ainda é muito bonito, foi a porcaria daqueles olhos verdes, fios ruivos, a merda daquele sorriso que me fizeram ser atraído por ele. Agora eu sinto repulsa daqueles malditos olhos verdes, aqueles malditos fios ruivos, aquele maldito sorriso! Maldito seja Dylan.

      Já estava na hora de ir dormir, e como sempre eu sabia que n iria conseguir tal feito, por medo de que ele poderia me fazer alguma coisa, mesmo sabendo que não teria como me defender, já que Dylan era um alfa, e a força dele era incomparável com a minha, um ômega inútil e fraco como ele diz.

    Naquele momento eu estava sendo arrastado para o quarto por ele. Mas... A minha visão estava turva, com a escuridão que era aquela casa a noite dificultava ainda mais meu campo de visão, além do mas, eu tenho miopia, e o óculos que eu uso ja não é a muito tempo do meu grau.

   Quando recuperei o foco, eu já estava no quarto, sendo supostamente algemado na cabeceira, Dylan estava bêbado tanto que ele não havia fechado as algemas corretamente, eu poderia esperar ele dormir e terminar de abrir as algemas e fugir. Mas eu preciso da sua confiança para executar meu plano com sucesso.

   Eu pretendia achar um jeito de conseguir o máximo da confiança, assim pretendo pedir a ele, para que eu possa ter um emprego. Então juntar um dinheiro escondido, e fugir para o mais longe possível na primeira oportunidade. Não me importo com o tempo que demore, eu quero apenas a minha liberdade novamente e foder com a vida desse desgraçado.

   Eu terminei de fechar as algemas, e isso fez barulho, obviamente, o que fez Dylan se virar para mim rapidamente assustado.

— Você não as fechou corretamente. — Finalizei me virando para o lado oposto para ele. Senti ele tocando em meu braço para verificar se elas realmente estavam trancadas. Apenas ouvi um suspiro, e ele se deitando novamente.

    Ira demorar para conseguir o que eu quero, mas não a problema. Posso falhar em questão de força, mas eu não preciso dela para fugir, apenas de cautela, e paciência.