Prólogo

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 Em um dia como hoje, mas em 2010 nascia Face a face com o perigo. Em homenagem aos 12 anos de Andrew e Angelina, uma terceira temporada, bem curtinha, somente para matar as saudades.

Meu pai estava parado à minha frente, com seu porte imponente, observando cada rosto presente ali na sala, de modo quase arrogante, mas eu sabia que era mais do que isso. Era desafiador. Suas palavras ainda ecoavam em minha mente como se fosse hoje:

– A máfia não é lugar para fracos e covardes. Não é lugar para corações condoídos. Aqui você tem que ter pulso firme, de aço. – Falou ao mesmo tempo em que batia os punhos sobre a mesa. – E principalmente...uma vez dentro da máfia, sempre estará na nela. Pode até sair... mas só sairá morto.

Eu abri meus olhos e encarei o vazio. A cena era tão real que eu me vi menino assistindo aquilo tudo. E hoje, dezenas de anos depois eu só podia concordar com ele. A máfia não foi feita para pessoas fracas. E eu ouso completar... não foi feita para pessoas burras.

Porque somente alguém desprovido de cérebro poderia acreditar que ia se sair bem me chamando para briga.

Eu queria sim me aposentar e deixar tudo nas mãos dos meus filhos. Aquelas pestes já tinham me provado desde quando eram adolescentes que estavam mais do que prontos para assumirem meu lugar e da mãe. E estava tudo certo para meu afastamento quando fui desafiado.

Inferno! Desgraça!

Eu esbravejei me levantando e indo até o cofre de onde tirei minhas armas, ainda pensando na estupidez do infeliz que resolveu me enfrentar.

Muitas vezes eu fui chamado de frio, grosseiro, coração de aço, entre tantos outros "elogios". E eu nem me importava. Aliás, eu concordava totalmente com cada um deles.

Entretanto, uma coisa que alguns desavisados não entendiam é que, sou sim frio, vingativo, e aos olhos dos outros... sem sentimentos. Mas isso se resume somente aos meus inimigos. É burrice não perceber que nós, mafiosos, defendemos a família acima de tudo.

Mexeu com alguém próximo a mim... assinou seu atestado de óbito. E era isso que aconteceria com o estúpido ser que ousou sequestrar o meu filho. O ódio que percorria minhas veias me dava a força de um exército inteiro. Eu estava pronto para a briga, para trazer meu filho de volta e destruir por completo meu inimigo. A guerra estava declarada. E o fim... todo mundo sabe qual seria.

Pronto, Berllucci?

Girei, a sobrancelha já arqueada encarando a topetuda da minha mulher que ousava me chamar daquela forma quando eu estava no auge do ódio. Porém, o castigo dela seria outro... e em outra hora.

– Sempre, Angie.

Ela me encarou de volta, aquela aura de poderosa e atrevida me envolvendo completamente.

Então vamos. Nosso filho espera por nós.

Sim. E devo dizer que estou com sangue nos olhos.

– Como sempre.

Eu me aproximei da minha poderosa e segurei sua mão, nossos olhares se encontrando. Ninguém mexe com nossa família e sai impune. Aliás, o único destino possível era a morte. Eu já sentia o cheiro dela no ar.

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⏰ Última atualização: Aug 25, 2022 ⏰

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