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— … então, titio Franklyn, você gira a chave e pisa no acelerador. — Rory explicava, e o pior é que eu estava prestando atenção. Mas minha alma quase saiu do corpo quando ela seguiu a explicação na prática, impulsionando o veículo a andar, o que me fez gritar pelo susto, enquanto Rory ria, segurando no volante.
— PAREM! — Vejo Adrian correr em nossa direção, pulando no degrau ao meu lado da porta ainda aberta, se inclinando e desligando o veículo, para meu alívio. Mas eu ainda estava me recuperando do pânico e aguardando minha alma voltar ao corpo. — Rory! Já falei que não quero você mexendo em veículos! Não tem idade para isso! Anda, venha para perto do Franklyn e saia daí. — Adrian ordenou, bravo. Rory fez bico, resmungando e obedecendo ao pai.
— Desculpa, papai… eu estava explicando ao titio Franklyn. — Justificou, em um tom baixo.
— Nós já conversamos sobre isso, mocinha. Não finja que esqueceu. Não me obrigue a te colocar de castigo em pleno dia de viagem, Rory. Não quero mais te ver atrás de nenhum volante. Entendeu? — Adrian a olhava seriamente, e Rory prendeu o choro, mordendo os lábios e assentindo.
— Desculpa, papai… — Pediu novamente e Adrian suspirou, a acariciando nos cabelos.
— Está perdoada. Mas que não se repita! Amo você. — Falou, agora mais calmo, só então voltando sua atenção para mim, que ainda estava congelado no banco passageiro. — Você está bem?
— E-estou… — Gaguejo, suspirando e vendo Adrian sorri compreensivo, me dando um selinho e subindo para o banco do motorista.
— Espera! Espera! — Rory gritou de repente, pulando em meu colo para colocar a cabeça na janela do caminhão, acenando desesperadamente para alguém. — TITIO ELLIOT! MEUS DOCINHOS! — Gritou, e pude ver Elliot correndo rapidamente em nossa direção, entregando um potinho transparente cheios de doces do buffet.
— Coloquei seus preferidos. — Elliot sussurrou, como se fosse um segredo entre os dois. Rory sorriu, colocando metade do corpo para fora da janela para abraçar o tio, o beijando no rosto.
— Obrigada, titio Elli. — Falou, se despedindo. A ajudei a voltar para dentro do veículo, acenando para Elliot que retribuiu, empurrando um dos doces que tinha na mão e comendo.
— Podemos ir? — Adrian questionou.
— Podemos! — Rory exclamou, então Adrian deu partida, reclamando pelo caminhão não ser tão rápido quanto seus carros esportivos de luxo.
Coloco música para tocar, e Rory teve direito para escolher as que ela gostava. A pequena ficou cantarolando enquanto rabiscava em seu caderno.
— Pode parar em alguma lanchonete? Estou com fome. — Peço e Adrian concorda.
— Claro. — Sorrio, olhando para Rory, que estava distraída, com os pés pra cima do banco, apoiando o caderno e vez ou outra pegando um docinho do pote que Elliot lhe deu.
