Untitled Part 1

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Trimmmm, Trimmmm, Trimmmm- eram 7:30h, e o despertador, tal como todos os dias era um desmancha prazeres, mesmo na melhor parte do meu sonho, na parte em que eu ia beijar a Beatriz, ele tinha que tocar, à pois, a Beatriz é uma rapariga por quem eu tenho um fraquinho e que anda na minha escola, e por falar em escola, hoje é o ultimo dia de aulas antes de umas merecidas férias da Pascoa.

Depois de me arranjar, e perfumar para ir para a escola, pois não posso estar à beira da Beatriz, Bia como eu gosto de a tratar, sem estar a cheirar bem, mas adiante, depois de tudo isso, sai de casa para me dirigir para a paragem, para apanhar o velho autocarro que me levaria numa atribulada viagem até à escola.

Mal entrei no autocarro deparei-me com a Bia, e timidamente esbocei um sorriso e disse-lhe ola, mas por muito que quisesse não me podia sentar à beira dela, pois o lugar ao lado estava ocupado pelo maior rufia da escola, o Rúben, que é o rapaz de quem a Bia gosta, infelizmente. Prossegui o meu caminho pelo longo corredor do autocarro, ate encontrar um lugar vazio, e não fosse eu tão sortudo, calhou-me logo que o único lugar disponível, era à beira do rapaz mais malcheiroso que poderia haver à face da terra.

Nisto o autocarro parou, e eu sai do meu lugar que nem uma flecha, mas parecia que o cheiro me perseguia, seria apenas a minha imaginação, ou estaria mesmo o tal rapaz a seguir-me?

Decidi rodar um pouco a cabeça e olhar pelo canto do olho, e la estava o tal rapaz a seguir-me como uma sombra, nesse momento parei de andar e ele parou atrás de mim, virei-me olhei para ele, e rudemente perguntei:

- Porque me estas a seguir?

O rapaz já nem sabia onde se havia de meter, eu nunca fui uma pessoa rude, mas naquele momento estava à defesa. Mas por fim respondeu, num tom quase inaudível:

- Desculpa, só te queria entregar os teus fones que te devem ter caído do bolso.

Senti-me horrível comigo mesmo, fui rude para o rapaz, apenas porque ele tinha um odor que não era de todo agradável, e ele apenas me estava a fazer um favor. Mas não querendo dar parte fraca agarrei nos fones e fui-me embora e nem um obrigado disse.


7 dias num convento abandonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora