Cheiro de casa

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Oi! Quanto tempo, não é? Eu voltei, mas dessa vez é vap-tivupt!

Tava com saudades do Harry pitiquinho metido a raio de sol, e tem maneira melhor de matar a saudade que uma one fresquinha com James e Lily babões e Wolfstar padrinhos do neném?

Boa leitura!

Ps: Para as meninas. Amo muito vocês <3 


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O olfato é um dos primeiros sentidos que se desenvolve assim que nascemos. É o que nos mostra a primeira versão do mundo e seu além, e de cada pontinha chata que pertence a ele.

Harry sempre gostou de cheirar tudo ao seu redor como se fosse um pequeno cachorrinho.

Os aromas eram parte do mundo, e o mini-Evans-Potter gostava de ser parte e, acima de tudo, sentir todos os cheiros diferentes que o planeta poderia oferecer.

O cheiro do bolo de chocolate da mamãe, dos jardins no fundo do quintal ou até mesmo do shampoo de Padfoot, quando resolviam dar um banho no cachorro, intrigava o menino de formas inimagináveis, e isso o tornava cada vez mais curioso e atento aos aromas e "sintonias perfumadas".

Ele tinha o costume de, em qualquer lugar, caso lhe oferecessem um lanche, até mesmo um brinquedo, arrebitar o narizinho e respirar fundo, fundo para conseguir sentir tudo tudinho - mesmo os cheiros não tão gostosos.

Normalmente ele fazia caretas para estes, mas logo passava.

— Posso apostar que ele pegou essa mania de Padfoot. – James murmurou certa vez, observando seu filho inspirar repetidas vezes o odor das flores do jardim de inverno de seus padrinhos, ao lado de um cachorro gigante e peludo que tentava imitar o menino. – Eles passam tanto tempo juntos que não vou estranhar se for verdade.

Rindo de leve, Sirius Black, o padrinho do menino e dono do dito cão, respondeu calmamente:

— Potter, nós dois sabemos que é mais provável Hazz ter ensinado Padfoot a farejar, não o contrário.

E em nenhum momento ele estava errado. Devido ao seu hobby um tanto quanto diferente, Harry tinha um olfato afiadíssimo para qualquer cheiro que fosse.

O menininho, em plena glória de seus grandíssimos 5 anos de idade, sabia exatamente quais eram seus cheiros prediletos e qual era o melhor de todos. Ele sempre respondia com exatidão se os biscoitos estavam no ponto, se o café estava forte ou se uma torta era muito doce, e tudo com a potência de seu narizinho.

Porém, infelizmente, nem tudo são flores para o pequeno farejador. E consequentemente ele também havia aprendido sobre os aromas que não o agradavam de jeito nenhum.

Em uma das vezes em que papai o levou para visitar a tia Petúnia, por exemplo.


Assim que entraram na casa da mulher, ele detestou a voz estridente e mandona da moça e a leve pitada de sarcasmo que havia sempre que ela falava com o papai.

E também o perfume forte de lavanda que estava presente até mesmo no cantinho mais escondido da sala de estar.

Normalmente, pontinhas felizes saltavam em seu peito quando sentia a flor ao redor. Réplicas de cores quentes alimentavam o seu coraçãozinho e ele ficava em paz por longos momentos, como se as flores que pareciam sininhos cantassem para ele uma canção de ninar que o deixava quentinho e feliz por dentro. Às vezes caidinho de sono, até.

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