Musica: Bastille - Pompeii
Foto de Diego Montez: Eliot Makoll
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Depois do almoço com minha mãe, resolvo passar na mansão de meu pai. Leticia me recebe com um enorme sorriso no rosto, ela sempre foi condescendente comigo. Subo as escadas e vou até meu antigo quarto, onde muitas de minhas coisas ainda estão em seus devidos lugares, onde as deixei. Fico apenas observando por um tempo, mas não quero estar aqui nem quando meu pai ou minha mãe estiverem de volta em casa.
Saio do quarto e quando passo pelo quarto de Juliene. Ouço um barulho, acho estranho, pois ela ela está fora da cidade. A porta se encontra entreaberta, eu a empurro vagarosamente e não vejo ninguém.
– Liene? – pergunto e entro.
– Ai! – uma voz grossa grita do banheiro.
Corro até o banheiro e Thales, o filho de Leticia, tem uma bolça em mãos e pelo que percebi um vidro de perfume caiu em sua cabeça.
– Você me assustou Junn – ele diz passando a mão onde o vidro deve ter acertado.
– Desculpa, achei que fosse a Liene – ele tira a mão e percebo que está sangrando. – Ai meu Deus.
– O que foi? – ele pergunta preocupado.
– Você se machucou.
– Isso? – ele aponta para o pequeno corte. – Não foi nada.
– O que faz aqui? – pergunto, afinal Thales não mora mais em Londres a mais de um ano.
– Liene apareceu em casa ontem, me pediu que levasse algumas coisas para ela – ele volta ao quarto.
– Calma aí – eu o sigo. – Ela está em Liverpool? E te mandou aqui? – não consigo acreditar que minha irmã está com tanta raiva assim.
– Calma aí você – ele continua procurando coisas e colocando algumas na bolça. – Ela chegou em Liverpool ontem e eu estava arrumando as malas para passar uma semana com a minha mãe, não sei se você lembra, mas o aniversário dela é daqui a três dias – apenas aceno positivamente com a cabeça. – Então, ela pediu se poderia ficar lá alguns dias e eu concedi.
– Eu vou até lá – tento parecer determinada.
– Junn, não faz isso. Ela quer um tempo só pra ela – diz calmamente.
– Mas...
– Junn, você ama a sua irmã? – ele se senta na cama me puxando para sentar ao seu lado.
– Claro que sim – não precisei nem pensar para responder.
– Então, dê o tempo que ela precisa. Ela disse que assim que voltar quer falar com você, mas que agora ela não tem nem condições psicológicas para isso.
– Tudo bem, eu vou esperar.
Ele volta a arrumar as coisas para Juliene e eu saio do quarto, desço as escadas, e assim que chego à porta, o que eu queria evitar aconteceu, dar de cara com meu pai.
– Juniper, o que faz aqui? – pergunta com voz rude.
– Estou muito bem pai, obrigada por perguntar – falo saindo da sua frente e, indo em direção à porta.
– Pare com bobagens. Você não deveria estar cuidando do seu marido?
– Por favor papai. Eliot está na empresa. Ou o senhor quer que eu o siga até no banheiro para garantir a fortuna? – pergunto ironicamente
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Por Livre e Espontânea Pressão
RomanceAVISO: Essa é a primeira versão do livro... a Versão Oficial está na Amazon e o físico no site da Editora Flyve. Juniper é a caçula da poderosa família Dorgal e sua vida gira em torno da faculdade, festas e amigos, mas tudo muda quando seu pai...