Apenas uma distração

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Roger Taylor era a representação perfeita da palavra impaciência naquele momento

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Roger Taylor era a representação perfeita da palavra impaciência naquele momento. O loiro bufava e se revirava no sofá feito uma criança angustiada. 

— Estão muito atrasados — Resmungou pela milésima vez. E pela milésima vez, sua namorada tentou tranquilizá-lo. 

— Acalme-se, Rog. Eles já devem estar chegando — Disse, com um tom de voz doce. 

A verdade era que Alice  estava quase tão impaciente quanto o baterista, mas tentava manter a calma para que ele também ficasse calmo. Porém, considerando que já haviam se passado nada menos do que duas horas, a tarefa não era nada fácil.

Os dois tinham testado todos os meios disponíveis para se distrair: jogaram um jogo de tabuleiro que estava escondido no canto de um armário, aproveitaram a sala à prova de som para analisarem quem tinha o grito mais agudo - pasmem: Roger vencera -, competiram para ver quem ficava sem piscar por mais tempo e mais outras diversas coisas. O loiro, inclusive, havia tirado uns 30 minutos para tocar algumas músicas em sua bateria, e a namorada - que Deus tenha piedade de sua alma - tivera de cruzar suas pernas com força enquanto assistia. 

Roger Taylor tocando bateria era a própria perdição. 

Bom, depois de se irritar, o mais velho se jogara no sofá e ficara ali pelo resto do tempo. Sem nada mais para fazer, Ally decidiu se aproximar da bateria para analisá-la.

— Como posso me acalmar? Estou acostumado com os atrasos de Freddie, mas Brian e John também? O que é isso afinal, um complô contra Roger Taylor? 

Ela apenas gargalhou, voltando a se concentrar no que fazia. Estava, naquele momento, passando os dedos com cuidado pelo instrumento, sentindo todas as texturas. As baquetas estavam jogadas em cima do banquinho em que Roger se sentava para tocar, do outro lado da bateria. 

O britânico, então, parou de murmurar xingamentos. Alice  concluiu que ele entendera que disparar ofensas contra os amigos não o levaria a lugar algum. Pensou que o parceiro tivesse finalmente sossegado, mas era exatamente o contrário. 

Roger havia se aproximado sorrateiramente da jovem e aproveitou a distração da mesma para aproximar seus corpos e prensá-la de encontro ao instrumento musical. 

— O que está fazendo, Taylor? — Ela sussurrou, se arrepiando por completo ao senti-lo distribuir beijos suaves por seu pescoço enquanto apertava sua cintura com as mãos. 

— Pensei em uma ótima forma de distração — Respondeu no mesmo tom de voz baixo. 

— Os meninos…

— Não chegaram até agora. Algo me diz que ainda teremos muito tempo de sobra. 

Sem mais delongas, ele virou o corpo da parceira e colou sua boca contra a dela, puxando-a pela nuca para que se aproximasse. 

O beijo era lento, mas possuía um fervor sem igual. Roger explorava a boca alheia com vontade, como se dependesse daquilo para viver e Alice não fazia diferente. 

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