Fim do ano letivo

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Último dia de aula.
Acordo ao som do alarme, são 5:50 da manhã, levanto-me alegre pois é o último dia de aula. Mando mensagem no grupo da sala avisando que hoje se encerra um ciclo, e digo graças a Deus, tem umas pessoas lá que não suporto ver a cara, nam. Tomo meu café e parto pra escola.

Eu chego na escola e nem acredito que ano que vem vou pro segundo ano. Esse primeiro ano do ensino médio foi meio frustrado, foi realmente nervos a flor da pele. Chego na sala de aula, e me sento no meu lugar de sempre, na segunda cadeira atrás da primeira linha de cadeiras, fica longe da porta, perto da janela e de frente pro ventilador. Me acomodo lá e espero meus/minhas bests chegarem.

Vejo minha best chegar, Fran, uma morena linda de cabelos cacheados. Ela se senta atrás de mim, e começamos a fofoca (é só o que a gente sabe fazer rsrs). Ela começa a me falar como tá o namoro dela com o Pablo.
- A gente se dá super bem, ele foi lá em casa pedir a minha mão em namoro pros meus pais. Amo ele e bom ser amada. - diz ela contente.
- Vocês são lindos, nasceram um para o outro - respondo feliz com a notícia.

Estou super feliz por ela.

Espero mesmo que eles dêem certo, porque o último namoro dela foi meio conturbado, o ex dela, João, traiu ela com a prima dela, isso não se faz. Ela ficou triste por dias, não quis nem sair de casa, mas ainda bem que eu e a Emilly estávamos lá com ela. Porque se não, não sei o que ela teria feito. Ela tá feliz e isso que importa.
Emilly é a minha prima/best, ela tá namorando o Ronald, que tá fazendo muito bem pra ela, os últimos relacionamentos dela não deram muito certo. E eu sou o único que não tem namorado. Enfim.

Minhas outras amigas chegaram também, estávamos eufóricos pra saber se passamos de ano.

Espero que sim.

Foi um ano cheio de emoções, revelações e por aí vai.

Chegou a hora do resultado, é agora ou nunca. Nunca tinha ficado de recuperação ou algo do tipo, sei que fui bem no ano letivo, mas mesmo assim, dá um nervosismo enorme.

E como sempre acontece, passamos e foi um alívio escutar aquilo. Já que era o último dia de aula, eles nos liberaram mais cedo. Fomos até uma lanchonete próxima a escola, eu e minhas amigas, juntamos nosso dinheiro e lanchamos por lá mesmo.

Após o lanche, nós se despedimos e fomos embora eu, minha amiga e minha prima. Viemos conversando o caminho todo. Elas começaram a falar sobre seus namorados e eu apenas escutando. Elas já sabiam da minha sexualidade, mas nunca tinha me envolvido com alguém.

Chegando em casa, pude relaxar. Deitei em minha cama todo esparramado, peguei meu celular e entrei no meu insta pra ver fofoca. Depois de trinta minutos, deixei o celular de mão e fui tentar fazer alguma coisa.

- O que faço agora? Acho que vou ver um filme, afinal, não tem coisa melhor do que assistir uns bons filmes.

Ligo a tv e me deparo com um filme que nunca tinha assistido, apenas ouvido falar, Clouds. Emilly já havia me falado desse filme, é um filme de superação, batalha com o câncer e etc, mas como tudo não são flores, tem a parte triste.

Faço minha pipoca e vou para o sofá, sento e começo a assistir. Começo a ver o filme feliz e termino chorando.
- Não dá pra acreditar que ele morreu, ódio. - enquanto falo desligo a tv.

Me recomponho e volto ao meu quarto e deito na cama pra ver se pego no sono. E dormi rápido até. Acordo e já são 19:00.
- Eu não dormi, eu hibernei.

Janto e ligo para minha amigas. Conversamos horrores e marcamos de ir no shopping. Quando desligamos já era mais de meia noite. Antes de dormir, sempre lancho e tomo meu banho. Naquela noite não seria nada de diferente até eu receber uma mensagem da minha tia.

00:13 - Tia Sol:
Boa noite sobrinho, não sei se você tá acordado mas caso esteja, arrume suas coisas que amanhã eu irei te buscar pra passar uns dias aqui em casa.

Respondi com um simples ok, mas como eu tava muito cansado, resolvi arrumar as minhas coisas só de manhã.

Dormi e acordei com minha mãe me chamando, tamanha 7 da manhã.

Ó ódio acordar muito cedo.

Mas como minha tia já estava vindo me buscar, me levantei o mais rápido possível e me arrumei o quanto antes. Quando termino de tomar meu café, escuto um carro buzinando na porta da minha casa. Deduzi que era minha tia, pois conheço o jeito dela e ela não é muito de se atrasar.

Me despedir de meus pais e entrei no carro. Ela começou a me perguntar várias coisa, tipo: Cadê as namoradinhas? Ou já beijou quantas? Tive que fazer um papel de poc-hétero e menti descaradamente.
Isso só me frustrava e me deixava sem graça, porque só minhas amigas que sabiam da minha sexualidade, nem para meus próprios pais eu falei sobre esse assunto, sabendo no que poderia levar essa história.

A "viagem" até a casa dela demorou bastante, ela morava nessas casas de praia chiques e bem elegantes. Já eu, morava numa casa na cidade, ficava perto de tudo e tava de bom tamanho pra mim.

Chegando lá, vi aquela vista maravilhosa, o som das ondas, a brisa batendo em meu rosto me deixava em êxtase.

Um sorriso se formou em minha boca quando vi minha prima, ela é tipo uma irmã pra mim, contava tudo pra ela. Ela era a única da família que sabia que eu era gay, no dia que falei pra ela, ela disse que já desconfiava por causa do meu jeito. Não sou muito afeminado, mas dava pra perceber pelo meu jeito que não era hétero coisa alguma.

⚪⚪⚪

NO PRÓXIMO CAPÍTULO CONTINUAMOS GALERA. VOTEM E COMENTEM
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⏰ Última atualização: Nov 10, 2022 ⏰

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