teoricamente

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Emma Queen

Como era de se imaginar, depois disso, completamos aquele esquema, o enchendo de informações.

Emily nos contou que um mês anterior à morte de sua mãe, Theo havia passado um tempo na Inglaterra, para corteja-la. Apenas foi embora depois de duas semanas, para uma viagem ao Novo Mundo das Américas. Isso nos levou a conclusão de que ele possa ter subornado alguém do castelo para envenenar Mary duas semanas após sua partida.

Decidimos que o mais importante a se fazer, era descobrir quem ele supostamente subornou, e o melhor jeito de fazer isso era por meio dos empregados. Se tem algo que você cresce sabendo dentro da nobreza ou da realeza, é que tudo, TUDO chega aos ouvidos dos empregados. E se algum deles foi subornado para matar a Rainha, com certeza pelo menos 2 funcionários do castelo tem algo a dizer sobre isso.

Combinamos que na parte da manhã, eu cuidaria desse fato, me entrosaria entre a cozinha e os preparativos para o jantar social do próxima dia (pois daqui a dois dias teríamos um jantar com todos os reinos visitantes, como de despedida aos romanos e franceses) e tentaria descobrir algo, simultaneamente, Emily cuidaria de assuntos políticos Ingleses, e Juan distrairia Elizabeth.

De tarde, trocariamos o papel, e assim Juan iria tentar cavar segredos por meio de uma investigação Francesa - visto que falta poucos meses para que ele seja coroado, e possui certa autoridade em certos quesitos, que nem mesmo nossa mãe poderia questionar.

Eu iria ter uma pequena conversa com o Principe Theo - depois de uma certa relutância por parte de Emily - para tentar lhe arrancar confissões. Então Emily teria uma pequena conversa com Elizabeth - depois de uma longa relutância minha - para tentar lhe arrancar confissões.

Assim que os primeiros sinais de noite aparecessem, eu iria à procura de minha mãe, até porque se me manter longe dela por um dia completo, ela enlouquece achando que eu estou tramando uma vingança - apesar de não ser totalmente mentira.

Emily iria se disfarçar em meio às faxineiras, adentrando nos quartos reais de maior importância e revirando as coisas. Emy disse que o castelo mantém uma routina constante de arrumar os quartos especificamente na hora do jantar e na hora do café da manhã, apesar de ela alegar que o seu quarto, era ela mesma que arrumava.

Respeito, mas eu acho uma escolha estranha. Eu mesma não conseguiria viver sem as empregadas do castelo. Tenho preguiça até de tomar banho uma vez ao mês.

Se for com Emily eu tomo todos os dias.

Juan então interromperia minha conversa com minha mãe, para que eu pudesse ir até meu quarto fingir um sono profundo, sair de fininho e me espreitar até o porão da cozinha principal, o mesmo em que Emily correu atrás de uma mulher encapada que por acaso, era sua mãe, mas isso nós não comentamos com Juan. Aparentemente todos nós nos encontraríamos no local para juntar nossas teorias. Emily já está acostumada com tudo, então achamos melhor que eu e Juan fôssemos acompanhados um do outro, eu levando meu irmão para o caminho certo e ele me ajudando a não derrubar tudo que eu vejo pela frente no meio do escuro, enquanto minha jovem-loira iria terminar seu serviço e depois iria diretamente ao nosso encontro. Nada poderia dar errado. Estava tudo planejado.

- E quanto aos duelos?

Olhamos ambas para ele, e depois nos entreolhamos, percebendo que não havíamos pensado sobre isso.

- Vocês sabem que eles podem simplesmente anunciar a nova fase amanhã certo?

Respiramos fundo, então olhamos para ele novamente. Eu começo, porque Emy parece entrar em desespero.

- Não. Calma. Eles geralmente não fazem isso em dias consecutivos, porque caso contrário seria muito óbvio.

Todos concordam com a cabeça, como se meu argumento pudesse suavizar tudo.

duas rainhas e uma coroa | XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora