Capítulo 6

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O quarto estava escuro, você estava acordando, sua cabeça doía, uma pequena fresta de luz entrava pela janela. Você tentou se mexer e então notou que sua perna estava presa, seu coração começou acelerar. Desesperou-se.

- O que? – disse num tom de choro.

[Nome] tentou se desvencilhar das amarras, porém nada parecia funcionar, o nó estava bem dado e bem apertado. Respirou fundo e olhou ao redor, parecia não haver saída. Ouviu passos pesados até que a porta se abriu e lá estava Eren.

- Como vai? – disse com um uma bandeja na mão – Te trouxe comida. Tem sopa, torrada e café.

- Por favor...

- Não comece! – disse irritado – Ainda estou com raiva.

- Me desculpe, não vai mais acontecer... – após essas palavras Eren a olhou surpreso.

- Uau! – riu – Tudo bem, mas ainda vai ficar aqui por castigo.

- Ahm, mas eu não vou fazer mais nada, eu, eu juro. – disse cabisbaixa
- Meu bem eu não sou idiota. Deixei você ficar livre pela casa e ai você me trata mal, mas eu sou bom e você não estava bem então mais uma vez te deixo livre, mas existe uma coisa chamada limites.

- Eren, por favor... A corda está machucando meu pé!

- Não machucaria se você não puxasse tanto ele.

- Mas isso não é certo!

- E desde quando o mundo é um lugar certo? Se fosse você não precisaria estar aqui por que você teria me notado e teria me amado!

- Só que não se conquista o amor de alguém assim, tem que ter paciência, calma.

- E eu tenho tanto que eu te trouxe aqui para que você me conheça melhor.

- Mas... – ficou em silencio por não saber o que dizer.

- Agora coma a sopa antes que esfrie. Mais tarde eu volto.

E saiu deixando você sozinha mais uma vez na escuridão. Como estava com fome, comeu a sopa, as torradas e tomou o café sem hesitar, na verdade não haveria como por que tudo estava muito saboroso, além da fome Yaeger também saber preparar as coisas.

Pouco tempo depois Eren volta para recolher as coisas, mas antes se senta ao lado da garota, respira fundo olhando para o chão, parecia pensativo.

- Algum problema? – ela perguntou.
- Na verdade sim.

- O que? – voltou a perguntar.

- Minha mãe quer passar o final de semana aqui com minha irmã.
- Ah. – sua reação de susto e felicidade se misturaram.

- Mas elas não podem vir e me dói ver que ficou feliz com a notícia.

- Você notou que me deixou amarrada em uma cama e que meu tornozelo está dolorido e provavelmente vai infecionar? – disse num tom irônico.

- É, mas eu vou te tirar aqui.

- Obrigada por me soltar.

- Vou ter que arranjar outro lugar para te deixar durante o final de semana ou arranjar algo que... – parou – Eu poderia derrubar a ponte! Mas seria ruim ter que dar a volta no rio para poder fazer compras...

- Vou eu posso ficar aqui mesmo, escondida em algum lugar.

- E arriscar que você grite pelos quatro cantos que está presa? Não mesmo!

- Eu juro que me comporto!

- Não confio em você.

- Por favor. – sua mão encostou no rosto do garoto fazendo um olhar diretamente nos olhos do outro.

Síndrome de Estolcomo Onde histórias criam vida. Descubra agora