31❜ Wildflower, 1976

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James estava passando seu último dia de aulas ao lado de Regulus. Aquela noite de fim-de-primavera e início-de-verão estava gostosa, definitivamente, então tentou dispersar a mente de qualquer coisa que não fosse ele. Ambos deitados em cima da capa (que talvez tenha se tornado um utensílio que disponibiliza cochilos e picnics pelo jardim há qualquer momento conveniente) no pequeno acampamento.

  "Não sei o que você vê de tão engraçado nisso." Regulus bufou, finalmente, divertido.

  "Você é embaraçoso!" James o observa deitado de costas para o céu e barriga para baixo. "Não tem cultura alguma."

  "Pff, desculpe? Que eu saiba o único ignorante aqui é você." Revirou os olhos, porém se encolhe quando a respiração quente alcança seu pescoço.

  James gostava tanto daquilo que poderia construir um império sobre, sorrindo ao vê-lo estremecer e se sentar. Fazendo o mesmo, passou as palavras por sua nuca, puxando-lhe por trás, pela cintura, e afastando seu colarinho para alguns beijos. "Não tenho culpa se você passou muito tempo naquela casa e se tornou um morcego-imune-à-luz."

  "Oh, por favor." Ele ri, virando-se rapidamente. O sorriso de orelha à orelha. "Eu prometo para você que sou pior do que um morcego-imune-à-luz."

  "Imaginei, você deve ser aquelas pessoas que dormem em caixões e fingem ser parentes do Drácula." Deu de ombros, puxando a boca para o lado ao desviar os olhos, murmurando em uma reclamação enrolada. "Inclusive você lembra um pouco ele."

  Regulus ficou boquiaberto, definitivamente, perguntando pausadamente. "Por ─ que?"

  "Veja, bem- hm, a sua pele."

  "Oh, claro. A minha pele." Bufa ironicamente. "Isso esclarece muita coisa."

  "Seu idiota, eu quis dizer que você é pálido como ele." James lhe dá uma cotovelada.

  "Você é louco."

  "Tipo, sim? Por você."James o faz cócegas.

  "Ah, não, não, você é o que acontece quando se junta um louco e um louco e meio. Pare com isso!" Regulus se esgueirou, segurando suas mãos.

  "Desculpe, eu esqueci, além de Drácula você é uma constelação." James o cutucou mais um pouco, parando finalmente.

  "Regulus é uma estrela, seu selvagem." Regulus dá um tapa em sua mão que tentou o atacar novamente.

  "Exagerado até mesmo para você, não acha?" James faz uma careta, arrancando um sorriso.

  É uma batalha perdida, afinal, Regulus está sorrindo levemente para o chão. "Que tal eu gentilmente te mandar ir se foder?"

  "Você ainda sim estaria me mandando. Independente do tom."

  "É o ponto."

  "Nesse caso, não."

  "Ótimo, vai se foder, James."

  "Oh, Reggie. Pobre Reggie..." Ele torna a se aproximar, pousando ambas mãos em seus ombros. 

  Primeiro ele faz uma massagem, que Regulus particularmente gosta, então deixa passar o insulto. Infelizmente não há mais disso, porque agora ele está sentando-se novamente ao seu lado, e, talvez, o sonserino ainda não tenha (talvez nunca vá realmente) evoluído o suficiente para pedir pelo que quer. — Nós aceitamos as coisas como nos são entregues. Somos gratos por elas, afinal, se aceitamos o amor que achamos merecer, talvez Regulus seja eternamente egoísta por possuir James.

  Falando nele, e seu silêncio por um longo tempo, encarando o lago e às vezes o céu, foi quebrado pela interpelação, quase como se ele tivesse que fazer isso. Seria agora ou nunca. "Reg?"

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora