Capítulo 9

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É tão claro agora

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É tão claro agora

Eu sei que vai doer

Mas isso é necessário

Pra quem você vai ser

Jão – Monstros

O tempo passou rápido, tão rápido quanto aqueles melhores dias de nossas vidas que quando percebemos os mesmos se foram. E eu continuei, todos esses dias focado em conseguir a cadeira que um dia tinha sido de vovô na Stone. Eu observava os números diariamente e tentava a todo custo prever as quedas do mercado e fazer a Stone Motors prosperar um pouco que fosse a cada dia, o meu objetivo inicial era chegar no dia 365 com a empresa tendo crescido no mínimo 1% ao dia, e até agora eu tinha conseguido isso, claro que com um dia compensando o outro mais eu não tinha deixado a média ser menor que 1%. Assim não teria como negarem a mim o lugar que eu tanto almejava. O telefone da minha mesa tocou me tirando dos meus devaneios.

— Luis Henrique. – Falei ao

atender.

— Senhor, seu primo João

Paulo está na linha para falar com o senhor, disse ser urgente.

— Tudo bem Pâmella, pode

transferir. – Pedi pensando o que poderia ter acontecido, já que nunca meu

primo tinha ligado em meu trabalho.

— Luis? – Ouvi a voz do JP

perguntar por mim.

— Pode falar João, o que

aconteceu?

— Oi Luis Henrique eu estou

bem sim, obrigado por perguntar, meus pais e meu irmão também estão bem, e os

seus também, caso queira saber. – Ironizou o mesmo – Não aconteceu nada, mas

como meu primo não lembra que tem família eu resolvi ligar para convidar ele

para sair comigo e os nossos irmãos.

— Eu não tenho tempo para

ficar saindo João. – Falei.

— Imagino "senhor ocupado" –

João Falou – Era só isso que eu queria.

E sem mais nem menos ele

desligou na minha cara. Eu fiquei com tanta raiva que mesmo que existisse a

remota possibilidade de eu sair com eles, a oportunidade deixou de existir

quando o telefone foi desligado na minha cara. Faltavam exatos quatro meses

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