capítulo 5

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Boa noite lindezas! Vamos para mais um kypitulo? Acharam que não ia ter hoje né? Ehehebe
Pois então... Vou tentar escrever 1 por dia, durante a semana de Deus permitir talvez dois 🙏 só peço pra não deixarem acumular capítulo porque assim que eu postar o último , ele ficar completo aqui só por 24hs, depois será retirado pra revisão e publicado na Amazon.

Recadinho dado... Boa leitura!

 Boa leitura!

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Capítulo 5

- O clã vem antes de qualquer coisa. - O homem que agarrava meu pescoço tentou argumentar com o líder.
Minhas pernas tentaram tocar o chão e eu tentei inutilmente me livrar de sua pegada. Arregalei os olhos não querendo desmaiar, o desespero aumentando a dor de meu peito comprimido pela asfixia.
Ragnar não ordenou mais nada. Deixou que a lâmina de seu machado resolvesse a discussão. Com a precisão de um lenhador que parte um troço ao meio, assim o fez com a cabeça do bárbaro que me estrangulava. Sangue e miolos respitagaram quando nós bois caímos ao chão ao mesmo instante.
Eu jamais esqueceria do horror e do som que os ossos faziam ao serem partidos com violência. Puxei o ar com força e tossi, a garganta doendo por causa do aperto do homem. Eu ofegava, puxando o ar com necessidade. Agora o bárbaro não estrangularia mais ninguém ou violentaria qualquer mulher. Me afastei de seu corpo e me encolhi no canto.
O careca com o olho ferido puxou uma faca para Ragnar e os dois começaram a dar passos lentos, um esperando pelo ataque do outro. O homem a quem furei o olho foi o primeiro a iniciar a luta. Veio para cima de Ragnar com a adaga empunhada , mas foi impedido com um chute certeiro no peito que o fez voar contra a parede. E sem demora Ragnar enterrou uma machadada no peito do homem. A lâmina prendeu entre as costelas e ele deu um puxão sem muita dificuldade, acostumado com a sensação do machado partindo ossos e dilacerando carne. O homem escorregou lento pela parede de pedra deixando uma faixa vermelha como rastro.
Ragnar virou-se para mim sua respiração nem se alterará durante o combate.
- eu mandei você colocar uma roupa - Olhou para a moça a pouco violentada e rosnou. - Vista-a depressa.
- s-sim senhor - respondeu gaguejando, a cabeça baixa, com medo de encara-lo.
Ela veio em minha direção e me ajudou a levantar.
- por aqui. - me guiou para fora do casabre.
As mãos trêmulas começaram a recolher roupas frias de um varal improvisado.
- tire isso. - referiu-se a minha camiseta toda respingada de sangue.
Estava em choque que não ouve sensação para qualquer sentimento que não fosse pânico pelo que viria a seguir. Fiquei nua e logo ela passou por meus ombros algo que se assemelhava a uma camisa branca de mangas longas. A roupa que mais parecia um camisolão chegava até quase minhas canelas.
Queria ter qualquer palavra de consolo para a mulher, mas eu não conseguia falar, nós duas estávamos nervosas demais para falar qualquer coisa e nenhuma de nós queria ser a infeliz a desobedecer homem na cabana.
Ela me ajudou a colocar uma saia longa Marrom escura de um tecido mais grosso que algodão. Pegou uma espécie de espartilho bege claro e me ajudou a passar pelos braços. A peça se assemelhava a uma cinta com alças grossas.
As mãos trêmulas transpassaram os fios ajustando a roupa a minha cintura larga. Ela apertou com força quando os fios se ajustaram e minha barriga foi comprimida para dentro. Estava apertado demais mas não reclamei.
As roupas que eu usava pareciam apenas um pouco melhores do que os trajes surrados da camponesa que me ajudava. Era provável que eram seu traje de ir a igreja.
- obrigada . - Segurei suas mãos - você precisa se esconder - pegue seus filhos e só apareça quando eles tiverem ido embora. Aqui não é seguro.
Entramos juntas. Ragnar colocava moedas sobre os olhos dos homens que havia matado. Não entendi qual era o significado daquele ritual. Voltou a ficar de pé e por alguns segundos me encarou. Olhou para meus pés descalços.
- dê seus sapatos a ela. - ordenou à mulher que estremeceu com o tom autoritário.
Ela o obedeceu na hora e começou a passar os sapatos, era estranho a sensação deles nos pés, não havia um formato de esquerdo e direito com a forma dos pés, o calçado não passava de alguma espécie de couro mais resistente enrolado aos pés por barbantes grosseiros aos quais ela prendeu com um nó.
- Muito obrigada. - Agradeço sem graça.
Um dos comparsas de Ragnar entra no casabre e se depara com os corpos dos amigos. Um olhar confuso cruza com o olhar de Ragnar.
- Eles morreram pelas mãos delas? - Já tirou uma adaga presa a cintura erguendo a lâmina em nossa direção. - Venham cá todos ele chama os companheiros e dá alguns passos para trás saindo do casebre. - Andem cadelas.
- Não! - Ragnar rugiu.
O outro lançou-lhe um olhar ainda mais confuso e então entendeu que os golpes violentos que derrubaram os dois só poderiam ter sido dados por homem brutal.
- Você? Traiu seu próprio clã? - Rosnou com nojo.
A passos lentos Ragnar foi avançando para fora.
- O que está acontecendo ? Porque ainfa estamos aqui. - Ouvi vozes vindas do lado de fora.
- Em formação! - o homem que tinha a altura de Ragnar ordenou.
Todos foram para fora. Assim que passaram pela porta eu espiei a roda que se formou. Uma luta desleal. Dez homens contra um. Não haveria chance de Ragnar sair com vida.
Senti um aperto no peito, uma angústia diferente de qualquer coisa que já experimentei antes. Me vi torcendo para que o gigante loiro fosse dotado de uma força hercúlea.
Ragnar não demonstrou medo de seu bando. Em uma das mãos ele segurava seu machado e em outra uma espada. A postura ereta de um guerreiro vencedor destemido. A cabeça erguida, os olhos azuis de rapina esperando o momento certo do ataque. Nenhum deles tinha coragem de ser o primeiro a atacar pois sabiam que em uma luta de um contra um nenhum deles teria chance contra ele. Talvez por isso todos partiram para cima dele ao mesmo tempo. Espadas e machados brandiam, em movimentos rápidos.
Aos poucos eles foram caindo, os corpos desabando. Chutes violentos, as lâminas de chocando em um embate no qual parecia que não restaria nenhum vencedor.
O último homem com quem Ragnar estava lutando golpeou-o e fechei os olhos para não ver Ragnar cair. Não poderia ver sua morte. Ele já estava muito ferido. Tinha levado tantos golpes e aquele seria o último. A lâmina do machado dele foi interrompida pela espada de Ragnar, agora ele segura o cabo de um lado e a lâmina de outro como um escudo. O sangue gotejava mas ele não poderia soltar.
Usou de toda sua força para impedir o golpe que seria fatal. Foi erguendo a lâmina até o alto de suas cabeças. Ragnar tinha o rosto todo ferido . Ele acertou uma cabeça e o homem cambaleou para trás, foi o suficiente para que a espada ensanguentada de Ragnar desse um último golpe. Enterrada contra o peito do homem.
-O encontrarei em Valhalla . - Disse assim que tirou a espada.
O derrotado caiu. Soltei um suspiro de alívio quando vi que ele havia vencido.
Fui até Ragnar ainda incrédula por vê-lo de pé.
- Obrigada. - Respondi em voz baixa.
Ele olhou para seu bando inteiro morto. Devastado por suas lâminas.
Indiferente ao meu agradecimento rosnou.
- Vamos embora.
Percebi que não interessava a época em que eu estivesse, apesar da brutalidade do titã loiro, eu estaria segura a seu lado.

Percebi que não interessava a época em que eu estivesse, apesar da brutalidade do titã loiro, eu estaria segura a seu lado

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Eu tô é querendo saber das teorias de vocês 🤣 quero saber quem já sabe o que está acontecendo com a Júlia. Comentem aí ❤️⭐

Escorpião - Degustação História Ficou Completa Até 16/02/2023Onde histórias criam vida. Descubra agora